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Mano usa Bruno Henrique para explicar novo Verdão: ‘Estilo favorece chegada de laterais e volantes’

Construtor, garçom e artilheiro: volante do Palmeiras comanda vitória e ganha destaque do treinador; Comandante alviverde ainda pede paciência da torcida em momentos de posse

Mano Menezes
imagem cameraMano Menezes segue 100% no comando do Palmeiras (Foto: César Greco) 
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 26/09/2019
22:28

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Em sua melhor atuação desde a chegada de Mano Menezes, o Palmeiras atropelou o CSA e venceu por 6 a 2, nesta quinta-feira, no Pacaembu. Com o resultado, o Alviverde chegou à quinta vitória seguida no Campeonato Brasileiro, todas sob o comando de seu novo treinador.

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Entre os vários destaques da partida, Bruno Henrique esteve em um tom acima. O volante participou dos dois primeiros gols, marcou outros dois, e comandou o recital alviverde na capital paulista. Após o jogo, Mano Menezes parecia usar giz e lousa para explicar a engrenagem que permitiu as chegadas do capitão do Palmeiras à área adversária.
 
- O novo estilo da equipe jogar favorece a chegada dos laterais e do volante. Com uma posse mais qualificada vindo de trás, dá o tempo de esses jogadores chegarem. Quando a construção é direta, não dá tempo de chegar. Quando ele estão indo, a bola já começa a voltar. Como a equipe está trabalhando mais pé em pé, dá tempo de equipe chegar, ficando mais compactado para atacar. Hora será Bruno Henrique, horá outros jogadores. Dudu não fez gols, mas participou da construção de boa parte deles. Acho isso o mais importante de tudo, o jogo coletivo mais qualificado, que vai continuar melhorando na medida em que a confiança aumenta - 'desenhou' o treinador. 

No segundo tempo, quando o Palmeiras já vencia por 4 a 0, a equipe de Mano lançou mão de uma posse de bola mais paciente, a fim de progredir ao ataque com toques curtos, pelo chão. Foi quando a torcida palmeirense, talvez ainda habituada ao jogo direto, com bolas longas, de Felipão, mostrou certa impaciência. O novo comandante pediu a compreensão do torcedor: 

- Aproveitar a oportunidade para falar com o torcedor do Palmeiras. Era muito natural que o CSA do Argel, quando encerra o primeiro tempo perdendo de 4 a 0, voltasse para o segundo com cuidados defensivos para não sofrer uma derrota maior. Nós, a partir deste momento, tivemos que ter mais paciência para construir as jogadas de ataque. Neste momento o torcedor ficou um pouquinho mais impaciente, querendo apressar a equipe. Temos que achar o equilíbrio entre torcedor e a equipe, para nós entendermos que a maneira de construir a jogada é como fizemos o quinto e sexto gol. Jogadas bem trabalhadas, com qualidade. Perdemos mais duas chances com jogada trabalhada. Isso requer um pouquinho de paciência e entendimento do torcedor de que é essa a maneira que a equipe vai construir as jogadas. Um jogo mais no chão, trabalhado. 

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ADAPTAÇÃO DOS JOGADORES AO 'NOVO PALMEIRAS'
- Eu dependo muito da qualidade dos jogadores que dirijo. Quando olhamos o grupo que tínhamos, era nítido que tínhamos qualidade para jogar assim. A equipe fez um primeiro turno bom até a Copa América, já falamos muito disso, teve a queda de produção e iniciou a retomada. E, paralelamente a essa chegada das vitórias, a ideia de trabalhar um pouco mais a posse, a construção das jogadas com a bola mais tocada de trás. Na medida em que os resultados vêm, a confiança vai tendo um incremento bom, os jogadores se sentem mais a vontade. Hoje foi o nosso melhor jogo em posse, controle de jogo e criação de oportunidades. As coisas estão andando bem. Quando as coisas andam bem, a tendência é a melhora da equipe acompanhar isso. 

RESGATE DO 'VELHO' LUCAS LIMA
- Às vezes, os jogadores perdem as próprias características. Fui buscar as características do Lucas Lima no Santos. Ele gosta da bola, do jogo de aproximação, mais curto. Gosta fazer uma inversão longa, como fez hoje. A conversa é nesse sentido, para recuperar o que o jogador perde de si próprio. A intenção é recuperar aquele Lucas Lima que fez o Palmeiras contratá-lo.

GOLS SOFRIDOS
- Me incomodou os dois gols que sofremos. Não precisava sofrer. Mas não vou ser exigente a tal ponto de valorizar os dois que sofremos, mas sim os seis que fizemos. Se sempre sofrermos dois e fizermos seis, estarei amplamente satisfeito.

O Palmeiras chega aos 45 pontos, na segunda colocação, ainda a três do líder Flamengo. Na próximo domingo, o Verdão visita o Internacional, às 16h, no Beira Rio. 

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