Moisés defende estilo de Felipão: ‘É um dos mais vitoriosos do mundo’
Meio-campista enxerga mais críticas do que elogios na vitória por 2 a 0 sobre o Junior Barranquilla, na Colômbia, e valoriza o resultado do Palmeiras na Libertadores
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O Palmeiras estreou na Libertadores vencendo por 2 a 0, fora de casa, o Junior Barranquilla, campeão colombiano e finalista da última Copa Sul-Americana. Mas Moisés viu o time receber mais críticas do que elogios pela atuação de quarta-feira. E utilizou sua entrevista coletiva depois do treino desta sexta-feira, na Academia de Futebol, para defender o estilo do técnico Luiz Felipe Scolari.
- Vai muito de filosofia de trabalho. O Felipão nunca foi um treinador que montou time com posse de bola, que faz um futebol que todos fossem apaixonados. Ele sempre foi um cara equilibrado, tanto defensivamente quanto ofensivamente, que joga pelo resultado e por títulos. E não é à toa que é um dos treinadores mais vitoriosos do mundo, não só no Brasil - apontou.
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- É metodologia de jogo. Tem treinador que gosta mais da posse de bola, outro que gosta de jogo mais agudo, outro que prefere o equilíbrio. O Felipão tem essa metodologia de trabalhar desde 20, 30 anos atrás. Não é à toa que é um dos treinadores com mais títulos na carreira. Não temos de ficar contestando. É a forma dele de trabalhar e nós, jogadores, entendemos isso, procurando seguir o que eles passam - prosseguiu o meio-campista.
O Palmeiras detém a terceira melhor campanha do Campeonato Paulista e o melhor desempenho defensivo nas dez primeiras partidas de uma temporada desde 1989, com quatro gols sofridos. Por isso, ouvir tantas contestações ao que o time tem feito em campo gera algum incômodo, diminuído pelo resultado conquistado na estreia da Libertadores.
- Uma vitória como essa acalma um pouco. Sabemos como funciona o Palmeiras. Não estamos jogando aquele futebol brilhante ainda, como no ano passado, mas o time está muito bem. Ainda assim, tem cobranças que, em alguns pontos, são injustas. Mesmo ganhando de 2 a 0 de um time que é forte, vice-campeão da Copa Sul-Americana, teve mais crítica do que elogio - disse Moisés, enxergando a equipe adaptada a Felipão, como ocorreu no título brasileiro do ano passado.
- Nós, jogadores, temos de entender essa forma de trabalhar, assim como entendemos quando estiveram aqui o Cuca, o Roger (Machado), que queria mais posse de bola. Sabemos que o torcedor, o analista, o crítico, vão cobrar, faz parte da profissão. Temos de entender o que nos é passado. Escutar, absorver o que pode ser importante e podemos melhorar, e sabemos que, em alguns pontos, ainda podemos melhorar - admitiu.
- Em Barranquilla, poderíamos controlar um pouco mais o jogo. Em alguns momentos, nos retraímos muito e deixamos o Junior nos pressionar. Poderia ter sido mais tranquila a vitória, segurando, respirando um pouco com a bola nos pés. Mas, em Libertadores, jogando bem ou não, principalmente fora de casa, contra um adversário direto na chave, o resultado é o mais importante. Estamos no caminho certo e há margem para evoluir, mas estamos no segundo mês de trabalho. Vamos ter tranquilidade, conseguir as vitórias, que são importantes, e, no momento certo, crescer nas competições.
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