Palmeiras não consegue mostrar o ‘algo a mais’ que precisa para título
Verdão alcança empate por 1 a 1 diante do Athletico-PR, na Arena da Baixada, resultado que pode ser considerado positivo, mas ruim na caça ao Flamengo, agora a dez pontos
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O Palmeiras foi à Arena da Baixada, fez uma partida equilibrada, inclusive na posse de bola diante de um Athletico-PR que tem o quesito como um dos principais trunfos, saiu atrás e empatou por 1 a 1 neste domingo. Analisando dessa forma, é um resultado positivo, aceitável. Mas muito aquém do que um time precisa para ser campeão, ainda mais na caça a um Flamengo que, agora, abre dez pontos à frente na liderança do Brasileiro, com 11 rodadas faltando.
Diante de uma missão tão complicada como a de correr atrás de um rival embalado, é preciso fazer "algo a mais". E não foi isso que o Verdão mostrou tanto neste domingo quanto nas últimas partidas. Não significa que o time jogou mal, nem mesmo na angustiante vitória por 1 a 0 sobre a lanterna Chapecoense, na quarta-feira, em casa, com gol aos 54 minutos do segundo tempo, na última das 26 finalizações do time na partida. Mas é preciso mais.
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Na casa do atual campeão da Copa do Brasil, no único campo sintético da Série A, e um estádio no qual o clube só ganhou três vezes na história, Mano adotou um plano para equilibrar o jogo. Conseguiu, como mostram placar e números: foram 48,9% de posse de bola, segundo o Footstats - embora o Furacão tenha finalizado 14 vezes, o dobro do Palmeiras. Só que precisava vencer.
A estratégia inicial foi por um 4-4-2, com Dudu aberto pela direita, Zé Rafael do outro lado e Willian próximo de Deyverson. O campo acabou abrindo para o Athletico subir, explorando os lados, principalmente com Jean, volante improvisado na lateral direita porque Marcos Rocha apresentou desgaste físico e nem viajou. Com isso, todos precisaram correr demais para ajudar atrás.
Assim, aos seis minutos, Zé Rafael não acompanhou Marcelo Cirino até o fim, e o atacante recebeu cruzamento preciso de Adriano, marcado apenas à distância por Felipe Melo, para abrir o placar. A partir daí, retomou um Palmeiras nervoso, como se tem visto nas últimas rodadas. Gustavo Gómez, por exemplo, recebeu uma entrada muito duro, viu o adversário não ser punido, nem ação do árbitro de vídeo, e reclamou tanto que levou amarelo.
Dudu percorreu o gramado buscando bola e conseguiu fazê-la chegar mais a Deyverson, aparecendo na frente. A estratégia foi dar resultado aos 40 minutos do primeiro tempo, em cruzamento de Willian que o próprio Deyverson completou nas redes. Enfim, palmeirenses mais calmos, com o segundo tempo como oportunidade de buscar a vitória. O que não aconteceu nem na postura.
O Athletico criou mais, e o Palmeiras foi aparecer com frequência na frente somente nos minutos finais. Faltou ao time e a Mano Menezes a ousadia de quem precisa dos três pontos de qualquer jeito, mesmo em um estádio e diante de um adversário difícil. Nas substituições, fora Jean, que saiu desgastado para o zagueiro Luan ser improvisado na lateral, o técnico preferiu trocar Lucas Lima por Zé Rafael e Willian por Raphael Veiga. Nada novo.
O próprio Mano se irritou com erros de contra-ataque puxados por Bruno Henrique, e que poderiam ser feitos por um meia de origem, com mais opções no ataque. Resultado: empate costumeiramente positivo, mas Flamengo a dez pontos de vantagem. E o Verdão, ainda vice-líder, agora com 54 pontos, segue tentando encontrar esperança na conquista do título ao enfrentar o Avaí, no próximo domingo, em Santa Catarina.
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