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Palmeiras não tem terra arrasada, mas pode pensar em alternativas

Com duas competições a disputar, time segue forte e pode se aproveitar do pouco tempo a mais que terá para saber como sair de jogos como o de quarta, em que ficou encaixotado

Felipão
imagem cameraFelipão durante o empate com o Cruzeiro que eliminou o Palmeiras da Copa do Brasil (Foto: Cesar Greco)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 27/09/2018
01:43
Atualizado em 27/09/2018
11:07

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A análise da eliminação da Copa do Brasil no Palmeiras deve ser feita sem alarmismos: o time foi pior do que o Cruzeiro ao se analisar os 180 minutos do confronto, mas não há terra arrasada. Mesmo sem jogar em seu melhor nível, a decisão foi bem apertada, e tanto no Brasileiro quanto na Libertadores o Verdão segue como candidato a títulos.

Daqui para frente, o calendário de jogos não será tão apertado como antes com três competições, e este pode ser o maior legado para Felipão. Após jogo em Belo Horizonte (MG), o próprio técnico tocou em um ponto importante para o restante da temporada: encontrar mais alternativas de jogo.

- Estou satisfeito com a determinação e vontade da equipe, claro que temos de buscar situações novas. O Guerra estava há um mês e meio sem jogar, jogou lá e aqui, é outro atleta que pode entrar na equipe e modificar a maneira de jogar da equipe. Quem sabe o tempo que temos vai nos ajudar - analisou.

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Não concordo com as opiniões de que o Palmeiras joga mal. É uma equipe muito sólida, que costuma ter um nível de concentração bem alto e executa bem o estilo de jogo de Luiz Felipe Scolari, mais direto, com muita marcação e uso da segunda bola.

Defensivamente, nos dois jogos da Copa do Brasil houve muito mérito do Cruzeiro em transformar em gols as poucas chances criadas. Este não é um problema. Com a bola é onde Felipão e Paulo Turra podem buscar opções.


Em alguns jogos, o Verdão já teve problemas para criar e com substituições ou correções no intervalo conseguiu fazer o resultado em boa parte deles. Mas há partidas como essa no Mineirão, em que a estratégia de Mano Menezes (outro técnico que sabe montar equipes bem postadas) atrapalhou bastante.

Cauteloso para não dar contra-ataques, o Palmeiras foi muitas vezes lento quando teve a bola no pé no começo do jogo, sendo que precisava reverter o 1 a 0 da ida. No primeiro vacilo que cometeu, aos 26 minutos, entrou ainda mais no buraco graças ao gol de Barcos.

Exceto por um chute de Moisés de fora da área, o Verdão não incomodou Fábio até o empate, que veio em um lance raro para os cruzeirenses: uma disputa perdida pelo alto por Dedé, quem marcava Felipe Melo. O 1 a 1 logo depois do intervalo era o momento para o Palmeiras tentar tomar o controle do jogo, mas o time só conseguiu ter posse. Voltar à meta adversária foi um problema.

Guerra entrou para fazer a bola circular mais no meio-campo, mas não foi bem. Borja, que não é o centroavante que faça o pivô e saiba disputar pelo alto, fez um primeiro tempo apagado e deu lugar para Deyverson, que sabe exercer estas funções. Só que marcado por Dedé, o camisa 16 dificilmente conseguiu preparar alguma segunda bola para o ataque palmeirense. Quando Mano mudou o Cruzeiro, o controle voltou para o rival, que garantiu a ida à decisão.

Prestes a entrar na fase decisiva dos dois campeonatos que restam, não estou sugerindo para que Felipão mude tudo. Não há tempo para isso, nem motivo, já que, reforço, não considero que o Palmeiras esteja jogando mal. Mas este pode ser o momento para ter uma alternativa quando o time estiver encaixotado, como aconteceu no Mineirão. 

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