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Nobre diz que vitória sobre a WTorre evitou ‘tragédia’ no Palmeiras

Presidente diz que o clube ficaria prejudicado financeiramente pelas próximas três décadas se a câmara de arbitragem tivesse dado razão à WTorre na 'guerra das cadeiras'

Guilherme Pereira, diretor jurídico, e Paulo Nobre
imagem camera(Foto: Fellipe Lucena)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 04/10/2016
18:53
Atualizado em 04/10/2016
19:11

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"O Palmeiras conquistou uma de suas grandes vitórias nessa história centenária". Foi assim que Paulo Nobre, presidente do clube, definiu a vitória sobre a WTorre na discussão judicial sobre a divisão de cadeiras do Allianz Parque. A câmara de arbitragem da Fundação Getúlio Vargas deu razão ao Verdão, o que significa que a construtora poderá comercializar 10 mil assentos, e não todos, como pretendido pela empresa.

- O Palmeiras entendia que, por tudo que foi combinado, o clube teria direito a 30 mil lugares e a parceira a 10 mil lugares. Havia mais de 20 pontos de divergência, mas esse era o principal. O tribunal apenas confirmou aquilo que foi exaustivamente combinado, discutido. Pode parecer simples, mas posso dizer aos senhores que, caso a interpretação certa fosse a da parceira, seria um desastre na vida da Sociedade Esportiva Palmeiras, as próximas três décadas estariam comprometidas financeiramente - disse o mandatário, lembrando que o contrato entre as partes tem 30 anos de validade contando a partir da inauguração da arena, em novembro de 2014.

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Se a WTorre pudesse vender todas as cadeiras do estádio, o programa de sócio-torcedor do Palmeiras poderia ser severamente prejudicado, uma vez que o clube não teria como controlar a venda de ingressos para seus jogos. A receita da bilheteria, porém, continuaria sendo 100% do Verdão: quem compra uma cadeira precisa pagar ingresso, e o contrato estabelece que toda a renda de partidas oficiais fica com o clube. Esse modelo já está vigente nos assentos que a construtora comercializa desde o fim do ano passado, parte dos 10 mil a que tem direito.

- Foi um processo complexo, que demorou praticamente três anos. Começamos as discussões em 2013 e estamos finalizando agora. A sentença nos dá uma vitória muito importante. É uma sentença detalhada, complexa, muito bem elaborada. A maior vitória foi a questão das 10 mil cadeiras, existem outras grandes vitórias, como por exemplo a questão do padrão Fifa do estádio, benfeitorias no clube, tiquetagem, algumas questões que foram tornadas públicas e podemos esclarecer hoje. A sentença é definitiva - disse o diretor jurídico Guilherme Pereira.

Com a decisão na arbitragem, a WTorre terá um prazo para adequar o estádio ao padrão Fifa, como previsto em contrato. O mesmo se aplica às benfeitorias previstas para o prédio administrativo do clube. A empresa também gostaria de cuidar da tiquetagem de ingressos para os jogos, mas não foi atendida.

Palmeiras e WTorre ainda discutem outras questões na arbitragem, relativas aos benefícios concedidos pelo clube aos seus sócios-torcedores e a valores que as partes julgam ter direito de receber do parceiro e não estão sendo repassados. Uma dessas quantias se refere ao aluguel da arena para eventos fora do futebol. O Palmeiras tem direito a 20% do valor total do aluguel nessas datas, mas não tem recebido.

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