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Nobre descarta reforço ‘nível Éverton Ribeiro’ e não pedirá ajuda à Crefisa

Dirigente considera que não é 'justo' fazer com que a patrocinadora gaste ainda mais para contratar jogadores. Meia do Al Ahli (EAU) não é tratado como realidade para 2016

Paulo Nobre
imagem cameraPaulo Nobre conversa com Marcelo Oliveira na Academia de Futebol (Foto: Cesar Greco / Fotoarena)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 21/12/2015
20:37
Atualizado em 21/12/2015
21:12

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Não faz parte dos planos do Palmeiras pedir ajuda à Crefisa/FAM para contratar jogadores. Após contar com a parceira para comprar Barrios (100% bancado pelos patrocinadores), Vitor Hugo e Thiago Santos, e passar por uma crise com a presidente das empresas, Leila Pereira, a diretoria deseja trazer às próprias custas reforços “eficientes” para a Libertadores.

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– Pode acontecer de o patrocinador ajudar? Pode. Mas você não pode contar com isso. Eles já pagam religiosamente em dia o melhor patrocínio do Brasil hoje e o melhor da história centenária do Palmeiras. Esperar isto deles não acho nem certo – disse o presidente do clube, Paulo Nobre, ao LANCE!.

"Temos a porta aberta, eu só não acho certo ir atrás por isso. Não pode abusar"

– O Palmeiras tem que ser forte em todos os anos. E para ser forte em todos os anos, precisa andar com as suas próprias pernas – acrescentou.

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Acertar com um medalhão, como Éverton Ribeiro, é algo considerado fora de cogitação. O nome do ex-meia cruzeirense é sempre levantado por torcedores como o sonho para ser o “maestro” de 2016 e serviu de exemplo para o dirigente explicar que o clube não tem condições de disputar atletas com vencimentos fora do padrão do Brasil. No caso de Éverton, ele foi vendido em janeiro por 9 milhões de euros (R$ 26 milhões na época) ao Al Ahli, dos Emirados Árabes, e recebe um salário de R$ 1 milhão por mês.

"Temos uma condição que nos permite pensar em investimentos um pouco maiores, mas não dá para comprar um jogador em preço de Europa"

– O Éverton Ribeiro foi vendido há pouco e por um valor muito alto. Para recomprar teria de ser por quantia similar. Nem o Palmeiras, nem nenhum outro time do Brasil acho que teria condições de trazer alguém pagando 10, 15 milhões de euros. Não faria sentido – disse.

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Para o próximo ano, a intenção de Paulo Nobre não é contratar um jogador de renome, mas sim criar um na Academia de Futebol.

– Tem jogador bom que você pode trazer, valorizar e vender. O Éverton Ribeiro até o Cruzeiro não era tão valorizado e hoje é o que é. Temos de buscar outros Évertons pelo Brasil, para dar resultado esportivo, e para que a gente consiga fazer dinheiro, também – explicou.

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A ideia para 2016 é trazer jogadores que façam nome no clube?
Todas as contratações estão sendo feitas para deixar o elenco que foi campeão da Copa do Brasil ainda mais forte. No começo de 2015, teve quem falasse que o Robinho era genérico, perguntando quando o Palmeiras ia deixar de pensar com mediocridade. Alguns não encheram os olhos. Será que no fim do ano eles têm a mesma opinião do Robinho e de vários outros que vieram para montar este elenco?

Não é desejo do clube pedir ajudar à Crefisa para contratar?
Não, acho até que é algo injusto. Eles já investem muito, chegaram em um momento difícil, e acreditaram, primeiro com a Crefisa, depois com a FAM, assim como a Prevent Senior. Sou muito grato, eles ajudaram a trazer o Barrios, pagam até o salário, ajudaram em outros casos, mas por liberalidade. Eles não têm a menor obrigação de fazer isto.

Como aconteceu em ajudas anteriores para contratar? O Palmeiras foi quem sugeriu o nome dos jogadores?
O Palmeiras quando teve a chance de trazer, não tinha como viabilizar, e numa conversa uma vez eles sugeriram que poderiam ajudar de outra maneira e levamos caso a caso.

Caso se repita, será da mesma forma? O Palmeiras procurará?
Se o clube não puder viabilizar por conta própria, claro. Temos a porta aberta, eu só não acho certo ir atrás por isso. Não pode abusar.

É possível fazer um novo investimento como com Dudu (comprado por 6 milhões de euros no início do ano)?
Possível é. Hoje temos uma situação financeira que nos permite pensar em investimentos um pouco maiores, mas não dá para comprar um jogador em preço de Europa. Não vamos competir com o mercado europeu. Não há como.

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