OPINIÃO: Abel Ferreira e Palmeiras são um caso de amor recíproco, que deixará legado para ambos
Evento na Bienal Internacional do Livro é mais uma amostra da sinergia entre as partes. Amor do técnico pelo clube e do clube pelo treinador chegou a patamares admiráveis
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Imagine estar na Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, buscando seus expositores e autores favoritos, e de repente se depara com uma multidão de torcedores do Palmeiras com um livro na mão e desesperados para poder ver de perto seu treinador. Se isso já não é comum no meio do futebol, é menos ainda para quem nem sabia o que estava acontecendo. Esse amor entre Abel e o Verdão é um caso sério, recíproco e que vai deixar legado.
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Com o olhar de quem estava presente no bate-papo de Abel com o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, é de se impressionar o nível que alcançou a idolatria do palmeirense pelo treinador. No Allianz Parque isso já chama muito a atenção cada vez que o nome do português é citado, mas em um evento cultural longe do futebol é algo que precisa ser admirado e observado de perto.
Crianças, jovens, homens, mulheres, senhoras mais idosas... Todas as idades estavam ali buscando um espaço para ficar próximo de Abel. Os comentários partiam desde um "que homem", até um "faça um contrato vitalício com o Palmeiras". O bicampeão da América é um ídolo, é muito difícil não colocá-lo nessa condição neste momento.
O que mais faria com que tanta gente se deslocasse para o local, pagando ingresso, enfrentando fila, para assistir a uma conversa entre um técnico português e um embaixador numa Bienal do Livro? Muita gente vai dizer que o interesse era apenas no personagem, mas posso garantir que durante as falas de Abel, a atenção era máxima em cada palavra, cada gesto, cada sinal. Era uma aula.
E esse amor é recíproco, muito recíproco. Não parece ser algo da boca para fora ou movido pelo salário que recebe, é genuíno. Em uma de suas falas, Abel chegou a se emocionar quando declarou seu sentimento pelo Palmeiras, o quanto sua vida muda cada vez mais enquanto está por aqui. Reação assim durante o evento ele teve apenas quando falou de sua família e das renúncias que tem feito.
- Eu sou do Palmeiras, eu gosto do Palmeiras, não me perguntem o porquê, mas algo especial aconteceu, e uma magia se fez dentro desse clube, deste elenco, e eu estou mudando a minha vida desde que vim para cá - disse emocionado o comandante alviverde.
Se o Verdão está mudando a vida de Abel, e de fato está, a recíproca é verdadeira. A contribuição que uma parte tem dado para a outra é bastante significativa. O treinador ganhou títulos, projeção, se tornou um nome forte, cogitado até mesmo para a Seleção Brasileira, além dessa idolatria que raramente podemos testemunhar. Já o clube passou a ficar ainda mais profissional, viu o que é a importância de um trabalho sério, comprometido e com bagagem europeia.
O contrato entre Abel Ferreira e Palmeiras vai até dezembro de 2024. Difícil saber se ele será cumprido até lá, pois vivemos o futebol brasileiro, os resultados podem falar mais alto, assim como uma proposta da elite do futebol europeu pode balançar o treinador. Mas o legado já é uma realidade, além dos títulos, das premiações, dos recordes, o que fica é esse sentimento que nem mesmo Abel explica.
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