O Palmeiras tem ido muito bem dentro de campo, mas tem precisado fazer ajustes em suas finanças para se manter competitivo. Terminado o primeiro semestre, o clube teve R$ 30,6 milhões de déficit em seu balanço. Além disso, no mês de junho, o resultado negativo foi de R$ 45,9 milhões. Isso fez com que fosse preciso antecipar receitas de patrocínio de 2023 para ajustar o fluxo de caixa de 2022. A informação foi dada pelo UOL e confirmada pelo LANCE!.
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Segundo o orçamento do Verdão para a temporada, já era previsto um déficit no acumulado dos seis primeiros meses do ano. No entanto, a previsão era de R$ 15,7 milhões de prejuízo, praticamente metade dos R$ 30,6 milhões que foram realizados no período.
Muito desse cenário de déficit contábil aconteceu pelo aumento das despesas nesse semestre. Enquanto foram orçados R$ 316 milhões, o Palmeiras gastou R$ 413 milhões, praticamente R$ 100 milhões acima do previsto. Nem os R$ 82 milhões de receita que recebeu a mais do que previu foram suficientes para cobrir esse "rombo" nas contas.
Além disso, o mês de junho teve um resultado financeiro bem abaixo das expectativas. O Palmeiras orçou um déficit de R$ 3,4 milhões no mês, mas acabou fechando com R$ 45,9 milhões. Novamente o grande vilão foi o montante referente às despesas, já que o clube orçou gastar R$ 51,5 milhões e acabou gastando R$ 91,6 milhões, cerca de R$ 40 milhões a mais do que o previsto no início do ano.
Uma das explicações para a explosão desses gastos em junho é a dupla de reforços Merentiel e José Manuel López, que chegaram ao Verdão depois de terem seus direitos comprados pelo clube. A tendência é que nos próximos meses entre o dinheiro da venda de Veron, além da participação nas negociações de Borja e Gabriel Jesus.
Diante desses déficits contábeis, o Palmeiras fez uso de um recurso comum para ajustar as contas: a antecipação de cotas de patrocínio da Crefisa tanto deste ano quanto do ano quem. Em relação a 2023, serão as cotas do primeiro semestre totalizando R$ 30 milhões. Internamente a decisão é minimizada e não traz preocupação.
Esse acaba sendo o custo da manutenção de um elenco forte, vendendo o mínimo de jogadores possíveis, precisando se reforçar e ainda renovando contratos de peças importantes. Tudo isso atinge o caixa do clube. E para que a máquina siga funcionando, esses ajustes financeiros são essenciais, mas já comprometem parte de 2023.