Palmeiras gasta milhões no ataque, mas Rony segue insubstituível
Verdão investiu em jogadores para a posição no meio da temporada, mas camisa 10 reina absoluto em uma função em que está improvisado
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O Palmeiras empatou em 0 a 0 com o São Paulo, no último domingo, jogando em casa e com dois jogadores a mais, mas o que ficou claro mesmo foi a falta que Rony faz nesse time, especialmente em momentos decisivos. E nem se pode dizer que o clube não investiu em peças para a posição. A verdade, porém, é que o camisa 10 passou a ser insubstituível no esquema vitorioso de Abel Ferreira.
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Rony não é e nunca foi um centroavante, mas foi colocado naquela função de referência no ataque para suprir carências do elenco, tanto pela falta de contratações, quanto pela falta de rendimento dos jogadores que poderiam assumir a vaga. Com muita disciplina tática, muita entrega e resultados, ele ficou de vez com a posição.
Não é à toa que o camisa 10 é o artilheiro do time no ano ao lado de Raphael Veiga, ambos com 21 gols marcados. Mesmo com algumas críticas, Rony conquistou seu espaço, no time, no clube e entre os torcedores com as mesmas características que já havia conquistado Abel Ferreira, seu grande admirador e incentivador na função.
E era justamente Abel que pedia repetidamente uma contratação para o ataque, um camisa 9, um centroavante, que não vinha nunca. Até que o Palmeiras decidiu abrir os cofres e trouxe logo dois: Merentiel, por 1,5 milhão de dólares (R$ 7,4 milhões na época) e José Manuel López por 10 milhões de dólares (R$ 48 milhões na época).
Ou seja, no meio deste ano, o Verdão gastou quase R$ 60 milhões para trazer um homem de ataque e nenhum dos dois ainda se firmou. E ainda podemos colocar Rafael Navarro nessa conta, já que também chegou (sem custos) em 2022 e não vingou. Enquanto isso, Rony continuou dando conta do recado e entregando resultados.
No último domingo, suspenso por três amarelos, ele ficou fora do clássico contra o São Paulo, e deixou claro o quanto faz falta para o time e como não tem um substituto para o que ele exerce em campo. Abel testou Merentiel, depois colocou Endrick (guardadas as devidas proporções por conta da idade), depois López e não houve a resposta esperada. O torcedor teve a real noção da importância do camisa 10.
Agora, contra o Avaí, neste sábado, às 21h, no Allianz Parque, Rony retorna e dá um alívio para os palmeirenses e para a comissão técnica, que querem voltar a vencer no Brasileirão para seguirem tranquilos na busca pelo título. Na partida entre os dois times, no primeiro turno, na Ressacada, ele foi o autor de um dos gols no Verdão no empate em 2 a 2. Gustavo Scarpa marcou o outro.
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