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PALMEIRAS NO MUNDIAL: Time volta parecido para a competição, mas com mudanças significativas

De acordo com o que vem mostrando Abel Ferreira, equipe titular deve ter apenas três alterações em relação ao ano passado, mas elas vão muito além da troca de peças 

Treino Palmeiras
Scarpa e Dudu são as novidades em relação ao time da edição anterior do Mundial (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)

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Um ano depois de fracassar no Mundial de Clubes, o Palmeiras fez todo o caminho de novo e conquistou mais uma chance de levar esse tão sonhado título. Dessa vez, apesar de parecer não ter mudado tanto em termos de peças, a equipe parece oferecer um conteúdo muito mais rico em campo, algo proporcionado pelo tempo de trabalho de Abel Ferreira à frente do elenco.

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No dia 7 de fevereiro de 2021, o Verdão enfrentou o Tigres-MEX com: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Matías Viña; Danilo; Gabriel Menino, Zé Rafael, Raphael Veiga e Rony; Luiz Adriano. Se pegarmos esse time e compararmos com o que é considerado o titular atualmente, serão poucas as diferenças entre as peças, mas as alterações vão muito além disso.

De um ano para o outro, três mudanças ocorreram na equipe titular: Matías  Viña deixou o clube e foi para a Roma-ITA, abrindo espaço para Piquerez, contratado em seguida, assumir o posto. Gabriel Menino perdeu espaço, e Dudu, que retornou de empréstimo ao futebol do Qatar, é absoluto desde então. Luiz Adriano, outro que deixou o clube, já não vinha prestigiado e viu Rony assumir o "falso 9", abrindo espaço para Gustavo Scarpa entrar no time.

A princípio, no papel, aparenta ser um número pequeno de mudanças, mas dentro de campo elas são bem grandes. Se nos basearmos no time que venceu o Flamengo na final da Libertadores, teremos um posicionamento bem diferente na defesa. Gómez passou a jogar pelo lado direito, enquanto Luan assumiu uma posição mais central na zaga, e o lateral-esquerdo, que será Piquerez, caso se recupere da Covid-19, faz uma função de terceiro zagueiro.

- Vale muito aquilo que o Abel tem passado para a gente, nos jogos você vê a gente mudando de formação, fazendo variações às vezes com volante, às vezes com zagueiro, com lateral... Então isso é muito importante, isso cria estratégias e variações para dentro do jogo, a gente conseguir mudar de acordo com o que a equipe adversária está fazendo - disse Raphael Veiga em coletiva sexta-feira.

O lateral-direito, que pode variar entre Marcos Rocha e Mayke, acaba sendo um jogador de apoio maior no ataque, mas pode mudar para um terceiro zagueiro em caso do lado esquerdo não ser tão forte defensivamente. Danilo e Zé Rafael assumem uma dupla de volantes construtores, que combatem, mas são responsáveis pela dinâmica do jogo juntamente com Raphael Veiga, que cada vez mais joga perto da área, entrando nela e decidindo partidas com gols.

Pelo lado esquerdo, Scarpa joga como meia, mas assume uma função tática essencial, muitas vezes como lateral, fechando a linha de cinco defensiva e iniciando a construção das jogadas, junto com Veiga e seus parceiros do meio. Dudu, por sua vez, joga aberto pela direita, mas o principal diferencial é flutuar pela intermediária com liberdade para ser "o cara" do time, como se consagrou desde 2015 com a camisa alviverde. Peça que não se dispunha em 2021.

Na frente, como um "falso 9", vem Rony, incansável dentro de campo, que cumpre um papel tático que talvez nenhum outro do elenco consiga fazer. Embora não seja o centroavante desejado, é quem proporciona que os meias tenham participação tão efetiva no jogo palmeirense e quem permite que o time tenha o fôlego necessário para pressionar os adversários na saída de bola.

Por fim, mas não menos importante, está Weverton, que segue inabalável na meta do Verdão como o melhor goleiro do país e que tem vaga carimbada na Seleção Brasileira para a Copa do Mundo no fim deste ano. Se tem alguém que não sofreu alteração drástica foi ele, mas que segue com reposições de bola e saídas de jogo essenciais para o fluxo da equipe como Abel Ferreira deseja.

Toda essa mudança e esse repertório adquirido em mais de um ano de trabalho de Abel Ferreira à frente do Palmeiras, fazem com que o grupo e toda a coletividade palmeirense acreditem que, de fato, o time vem diferente e mais preparado para buscar o título mundial em 2022. Para isso, será preciso vencer o adversário da semifinal, da qual o clube não passou na edição passada.

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