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Palmeiras recebe a quarta certificação do gramado sintético do Allianz Parque pela Fifa

Ao L!, dono da empresa que fornece a grama para o estádio conta como funciona o processo da entidade máxima do futebol mundial

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imagem cameraGramado sintético da arena palmeirense recebeu o seu quarto certificado (Foto: Divulgação)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 19/05/2023
06:00
Atualizado em 18/05/2023
21:10

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O "departamento de estrutura" do Palmeiras recebeu mais uma boa notícia: o gramado sintético do Allianz Parque recebeu a sua quarta certificação em avaliação realizada pela Fifa. O último teste havia sido realizado em 2022, sendo este o quarto ano seguido em que o Verdão recebe o certificado.

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Em entrevista ao LANCE!, Alessandro Oliveira, CEO da Soccer Grass, empresa responsável pela implementação e manutenção do gramado, explicou os critérios utilizados pela entidade, revelando que, desde que a arena passou a ter grama sintética, não houve casos de lesão referentes ao uso do campo com a novidade.

- Quarto certificado. Quando você entrega o campo, já faz um certificado. Todos os anos tem que certificar. 2020, 2021, 2022 e 2023. Significa que o campo está exatamente igual do que quando foi entregue, com a mesma performance, mesmo quique de bola, rolagem de bola, planicidade. Tração e rotação da chuteira. Tem o torquímetro, que eles colocam com uma chuteira na ponta e é como se fosse um equipamento de precisão para ver o torque que dá com determinados movimentos. Se travar a chuteira, o campo não é dado o certificado. Isso comprova que até hoje não tivemos lesão alguma referente ao gramado. Não pode ter uma variável de 10mm em relação a planicidade - declarou Alessandro.

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Segundo o executivo, a Fifa é bastante criteriosa na execução dos testes, principalmente por conta da grama ser artificial, mesmo assim o parâmetro usado é dos melhores gramados europeus e, hoje, o Allianz Parque está dentro disso e tem aguentado todas as intempéries de um país tropical.

- É muito criterioso a questão de saúde do jogador. Com o tempo, o campo pode ter uma angulação. Essa é a preocupação da Fifa quando vão testar. Buraco não vai ter, mas eles checam mais a planicidade, como fazemos muitos shows e eventos. Se tiver alguma deformação no piso, eles reprovam o gramado. Hoje, os parâmetros que a Fifa utiliza para usar o gramado sintético vêm da Europa, e a gente sabe que na Europa o futebol é bem mais rápido. Muitos jogadores que saem do Brasil e vão jogar na Europa passam por um preparo físico para jogar já.

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Para garantir a excelência nos trabalhos, o Palmeiras também investiu na implantação do mesmo sistema na Academia de Futebol. O CT recebeu a certificação do gramado no ano passado. De acordo com o CEO da Soccer Grass, foi a prova de que a qualidade é idêntica àquela da arena. Ainda, Alessandro comentou sobre as vantagens da grama sintética, mas deixou claro que 'os jogadores precisam estar mais preparados'.

- Quando o jogador está lá fora, não está acompanhando o ritmo e não consegue jogar mais lá, ele vem para o Brasil, porque o futebol é mais lento por conta dos gramados. Não tem grama natural que aguenta. De fato, os testes são extraídos dos gramados naturais de fora e o que acontece lá, precisa acontecer nos gramados sintéticos daqui. O jogo fica mais rápido, não tem buraco, campo totalmente plano e isso exige mais da musculatura do jogador, porque ele tem que estar mais preparado. Mas isso não é problema do gramado, mas da condição física do jogador - concluiu.

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