Para reduzir dívida do Verdão, Nobre pode virar ‘dono’ de Guedes e Mina
Clube deve cerca de R$ 9 milhões ao presidente por empréstimos feitos em janeiro. Direitos dos reforços podem suprir essa dívida, mas será preciso encontrar brecha jurídica
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Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, pode virar "dono" dos direitos econômicos do zagueiro Yerry Mina e do atacante Róger Guedes para diminuir a dívida que o clube tem com ele.
O Palmeiras já devolveu os valores que o presidente emprestou em março, abril e maio deste ano. Ou seja, se as contratações dos dois jogadores foram feitas com dinheiro de Nobre, ele já foi ressarcido. A questão é que o clube ainda não decidiu como devolver ao dirigente os cerca de R$ 9 milhões aportados em janeiro.
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Assumindo os direitos de Róger Guedes e Mina, Nobre ficaria próximo de zerar este débito. O LANCE! apurou esta informação após o "Uol Esporte" divulgar que Nobre assumirá os riscos das contratações. Com essa manobra, a única possibilidade de o dirigente recuperar o dinheiro seria vender os atletas pelo valor que foi pago - o lucro ficaria com o clube.
Por exemplo: o Palmeiras pagou R$ 2,5 milhões ao Criciúma por 25% dos direitos econômicos de Róger Guedes; se vender esse percentual por R$ 3,5 milhões, Nobre ficaria com R$ 2,5 milhões e o clube receberia R$ 1 milhão.
Por enquanto, essa manobra é apenas uma possibilidade, já que a Fifa não permite mais que pessoas físicas ou empresas tenham percentuais sobre direitos econômicos de jogadores. Seria preciso encontrar uma brecha jurídica. Empresários costumam "driblar" este impedimento ao registrar jogadores em outros clubes. O volante Gabriel, por exemplo, está emprestado ao Palmeiras pelo Monte Azul-SP, clube parceiro de seus agentes.
Antes da proibição da Fifa, Nobre assumiu os direitos de seis jogadores: Leandro, Mendieta, Tobio, Mouche, Cristaldo e Allione. Com a manobra, o mandatário reduziu em R$ 43 milhões a dívida do clube com ele.
Além dos R$ 9 milhões de janeiro deste ano, Nobre ainda tem a receber os valores aportados entre 2013 e 2015, que superaram os R$ 110 milhões. Esse montante tem sido devolvido de forma parcelada: uma parte vem dos 10% da renda bruta mensal do clube e outra em parcelas de R$ 800 mil, também mensais.
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