Parceria entre Palmeiras e Governo de São Paulo ajuda a prender 28 criminosos
Programa "Muralha Paulista" utilizou o sistema de biometria facial do Allianz Parque
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Uma ação da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), por meio do programa "Muralha Paulista" e com a colaboração do Palmeiras, resultou na prisão de 28 criminosos em quatro jogos disputados pelo clube no Allianz Parque. Um dos detidos era procurado por tráfico internacional de drogas. O sujeito havia fugido em março de 2020, após a queda de um avião com mais de 400 kg de entorpecentes, e acabou preso antes de entrar no estádio.
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Além dos 28 detidos, 42 pessoas que estavam descumprindo medidas judiciais foram interceptadas, impedidas de entrar no Allianz Parque e notificadas para a vara de custódia. A iniciativa ainda identificou 253 desaparecidos, que foram abordados e qualificados.
Ao todo, 146.793 ingressos foram verificados pela nova ferramenta da Secretaria da Segurança Pública. Os dados utilizados nessa verificação são nacionais, para combater o problema de pessoas que cometem crimes em um estado se esconderem em outro. Um procurado por cometer o crime de pedofilia em Alagoas foi preso tentando acessar um dos jogos.
Essa ação realizada pela SSP em parceria com o Palmeiras cumpriu mandados de prisão de diversos estados, relacionados aos crimes de roubo, peculato, furto e tráfico de entorpecentes.
O sistema de biometria facial, implementado neste ano pelo Palmeiras para coibir o cambismo, favorece a atuação da SSP. A tecnologia garante que o dono do CPF responsável pela compra do ingresso é o mesmo de quem entra no estádio, o que não necessariamente ocorre quando se utilizam bilhetes físicos ou com código de barras.
O programa Muralha Paulista funciona a partir da integração de sistemas e possibilita que vendas de ingressos sejam analisadas em tempo real por meio de algoritmos de inteligência que respeitam um plano de gestão de riscos pré-estabelecidos para cada tipo de evento.
No caso dos jogos de futebol, analisam-se compra de ingresso de cambistas, uso de documento falso ou de terceiro, mandados de prisão em aberto, descumprimento de ordens judiciais ou de sanções impostas pelo Estatuto do Torcedor e pessoas desaparecidas. Quando alguém cai nesse filtro, ocorre o impedimento de acesso ao local do evento e as forças policiais recebem um indicativo de abordagem para uma intervenção.
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PRISÃO DO SUSPEITO DA MORTE DE GABRIELA ANELLI
Antes do jogo Palmeiras e Flamengo, pelo Brasileirão, em julho, uma briga nos arredores do Allianz Parque vitimou uma torcedora alviverde. Gabriela Anelli foi atingida no pescoço por estilhaços de vidro provenientes de uma garrafa atirada por um torcedor rubro-negro, até então não identificado.
Cerca de 20 dias depois, a delegada Ivalda Aleixo, do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), falou em coletiva de imprensa sobre a prisão de Jonathan Messias Santos da Silva, identificado como o responsável por atirar a garrafa que teria atingido a palmeirense. Segundo ela, a captura do suspeito somente foi possível pela ajuda fundamental do sistema de biometria da arena.
E é bom que os demais torcedores em todo o país fiquem espertos para a chegada da tecnologia, pois logo logo todas as arenas com capacidade para mais de 20 mil pessoas terão que, obrigatoriamente, implementar a biometria facial. A questão virou lei desde junho, quando passou a valer a nova redação da Lei Geral do Esporte.
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