Além da polêmica: faltou bola para o Palmeiras vencer o Dérbi de Itaquera
Expulsão de Jailson é discutível, mas Verdão foi apático e decepcionou no principal jogo da temporada até aqui. Roger tem muitos motivos para pensar até a Libertadores, quinta
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Os palmeirenses deixaram a Arena Corinthians reclamando muito da arbitragem de Raphael Claus. Acho que a expulsão de Jailson é discutível, pois tenho dúvidas se o choque do goleiro no pênalti em Renê Júnior foi uma agressão, mas não foi este o maior motivo da derrota alviverde em Itaquera. Em nenhum momento o Verdão foi melhor no clássico desse sábado.
Com dificuldades para marcar o rival sem um jogador de referência, era esperado que o time de Roger começasse mais atrás, até para entender o jogo. Mas o time teve mais dificuldades do que criou. Os melhores lances na primeira etapa vieram em tomadas de bola no campo de ataque a partir de erros do rival, mas só uma criou perigo de fato, quando Borja parou em Cássio.
Do outro lado, Michel Bastos e Thiago Martins vinham tendo problemas com Romero, mas foi uma jogada que envolveu todo o sistema defensivo, a primeira em que o Verdão deu liberdade ao Corinthians, que gerou o primeiro gol, muito bonito, de Rodriguinho.
Do 1 a 0 em diante, o Palmeiras foi decepcionante. Desde as decisões de Roger, à falta de energia do time, que não conseguiu incomodar Cássio. A entrada de Scarpa no intervalo era esperada, mas tirar Willian considero ter sido um erro, já que era ele o jogador que mais incomodava o Corinthians na primeira etapa.
O camisa 14 foi escalado onde Roger considera ser o lugar ideal, na ponta direita, com Lucas Lima como meia direita. Os dois estavam bem juntos, mas as jogadas de fundo do ex-meia do Fluminense tiveram pouco efeito, já que Borja, na maioria de suas movimentações atrasado, não estava na área. Os dois até tiveram uma conversa para resolver este problema, mas logo depois Jailson foi expulso. E o cartão vermelho desmontou o Palmeiras.
Para colocar Fernando Prass, Roger tirou Lucas Lima, o que considero outro erro. Na teoria, faz sentido a decisão: manter a agilidade no meio com Tchê Tchê, Scarpa com capacidade de armar pelo lado, Dudu com velocidade e Borja como a referência. Mas o camisa 20 era o jogador mais perigoso do meio-campo. Era melhor tirar Tchê Tchê, em queda de rendimento na etapa final, Dudu, que fez outra partida bem ruim, ou Borja, já que ele não conseguia fazer uma jogada de pivô.
Após esta mudança, em vez de passar Scarpa para dentro, Dudu foi quem passou a jogar assim, e ainda mal. Keno foi a última tentativa do treinador, mas já era tarde demais. Roger, agora, tem pontos a analisar:
- Michel Bastos tem sido usado para ajudar na criação de jogadas pelo lado esquerdo. O resultado ainda não apareceu. Até a volta de Diogo Barbosa, será o camisa 15 a resposta na lateral?
- A defesa mais uma vez não foi segura. Este foi um problema que já apareceu contra o Linense, por exemplo;
- A posição ideal de Scarpa é realmente aberto pelo lado direito? Não vale um teste com ele e Lucas Lima jogando por dentro no 4-1-4-1?
- E o que fazer com Dudu? Desde o início do ano, o capitão ainda não jogou bem.
A derrota no Dérbi tem seu peso, mas não é para se ter terra arrasada. Só que quinta-feira tem estreia na Libertadores. Um outro tropeço significaria a quarta partida sem vitória, depois de um início com seis vitórias seguidas. É tomar cuidado para não deixar o momento virar.
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