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Por declaração sobre VAR, presidente do Palmeiras é suspenso por 15 dias

Maurício Galiotte afirmou que o árbitro de vídeo não vinha sendo utilizado para jogadas do Flamengo da mesma forma que acontece com o Verdão e recebeu uma punição do STJD

Maurício Galiotte
imagem cameraO presidente Maurício Galiotte foi julgado e punido pelo STJD nesta quinta-feira (Agência Palmeiras/Divulgação)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 24/10/2019
23:02
Atualizado em 24/10/2019
23:23

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As declarações de Maurício Galiotte a respeito da utilização diferente do árbitro de vídeo para algumas equipes gerou punição. O presidente do Palmeiras foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quinta-feira e recebeu a pena de ter suas atividades suspensas no clube por 15 dias.

- O Palmeiras lutou muito para ter a tecnologia no futebol, mas o VAR tem que ser igual para todos. Tem que tratar todos da mesma maneira, e não cada jogada de maneira pontual. O Palmeiras está revoltado, porque algumas situações envolvendo o VAR estão sendo situações pontuais. O VAR trabalha para alguns clubes, para alguns é chamado o VAR e para outros não. Ou seja, são jogadas que o VAR entra para o time A e não para o time B - disse Galiotte após o empate por 1 a 1 diante do Inter, no Beira-Rio.

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O dirigente foi denunciado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por " assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva". A punição poderia chegar a 180 dias, mas houve decisão unânime pela menor pena, e apenas um dos votantes queria adverti-lo.

- Ele ultrapassou o limite da reclamação respeitosa e disse que o VAR é seletivo e escolhe o que quer com algum intuito. Plenamente configurado. Aplico a pena mínima, mas divergindo para aplicar a advertência pela primariedade e acreditando que se tratou de um destempero - disse o presidente da Comissão, o auditor Rodrigo Raposo, sem ser acompanhado no pedido por advertência.

- Tenho como típica a conduta e, se tratando de dirigente, a pena mínima é de 15 dias e não converto em advertência. Acho que aqui foi mais grave - falou o relator do processo, o auditor Flavio Boson, com voto acompanhado pelos auditores Otacílio Araújo, Sormane Freitas e Eduardo Mello na suspensão por 15 dias, mas sem advertência.

- Declaração grave de que um time A, B ou C estão sendo beneficiados. Precisamos punir para que evitem novos desrespeitosos - apontou o procurador Marcus Campos, responsável pela denúncia.

- O presidente não chamou ninguém de incompetente e surpreende o clube o teor carregado na denúncia. Em levantamento da Fox, o Palmeiras teve oito contrárias do VAR, o Vasco, cinco, e o Flamengo, seis. Algumas vezes, o VAR erra, às vezes acerta, e é isso que o presidente está dizendo na entrevista. O que ele pede é justiça e que haja um critério igual. O Palmeiras foi até a CBF pedir isso. Inclusive, nesse jogo contra o Inter, a própria CBF admite que houve erro. O VAR é árbitro e criticar de maneira respeitosa não caracteriza infração. Aponto a primariedade do presidente do Palmeiras - argumentou o advogado Américo Espallargas, responsável pela defesa de Galiotte.

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