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Presidente da Crefisa se revolta com Palmeiras e fala em romper parceria

Leila Pereira criticou ideia de lançar uma camisa retrô com a marca da Parmalat, detonou Paulo Nobre e reclamou das contratações de 'quinta categoria'

Crefisa - Palmeiras
imagem cameraJosé Roberto Lamacchia e Leila Pereira, donos da Crefisa, posam com Nobre (FOTO: Divulgação)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 13/11/2015
21:25
Atualizado em 13/11/2015
23:21

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Leila Pereira, dona da Crefisa e da FAM, as duas maiores patrocinadoras do Palmeiras, está muito incomodada com o presidente Paulo Nobre. A parceira do Verdão soube nesta sexta que o clube cogitava lançar uma camisa retrô com a marca da Parmalat estampada, e considerou o projeto uma "falta de lealdade", a ponto de ameaçar romper a parceria caso a ideia seguisse adiante. O contrato assinado entre as partes vai até o fim de 2016, quando se encerra a gestão Nobre.

- Eu recebi hoje um e-mail do (Marcelo) Puggina (assessor especial do Palmeiras), que é o porta-voz do Paulo, dizendo que a Adidas procurou o Palmeiras para fazer uma edição limitada da camisa da Parmalat, e iria estampar a marca da Parmalat. Isso é uma falta de lealdade, falta de escrúpulo com o patrocinador, é motivo para rescisão de contrato. O patrocinador master é a FAM e a Crefisa, investimos quase R$ 100 milhões no Palmeiras, estamos reformando a Academia agora e o Nobre vem com essa proposta indecente? Acham que a gente é trouxa? - detonou Leila Pereira, em contato com a reportagem do LANCE!.

- Para continuar assim, eu largo o Palmeiras e vou para o Flamengo, que dá muito mais visibilidade - emendou.

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O projeto era fazer uma camisa da linha casual da Adidas. O L! apurou que a ideia partiu do Palmeiras, e a fornecedora de material esportivo, que recentemente renovou seu contrato até o fim de 2016, aceitou. Depois, o clube recuou. Via assessoria de imprensa, o Verdão confirmou a existência do projeto, mas disse que foi sugestão da empresa.

"Sobre o episódio relacionado à sugestão da Adidas de criar uma camisa alusiva ao uniforme do Palmeiras de 1992, o papel do clube foi de, tão somente, repassar uma consulta da sua fornecedora de material esportivo à Crefisa, a fim de obter o seu parecer sobre a ideia. Tão logo fomos informados de que nosso principal patrocinador não concordou com a sugestão, que se tratava da criação de uma camisa de passeio (casual), em quantidade limitada e que levava o logotipo da Parmalat, encerramos a discussão e vetamos o prosseguimento do projeto. Reiteramos nossa gratidão e respeito à Crefisa e a seus proprietários, que não medem esforços para ajudar a Sociedade Esportiva Palmeiras", diz a nota enviada pelo clube.

- Se o Palmeiras está em melhores condições é pelo patrocinador e pelo seu torcedor, que continua indo aos jogos mesmo perdendo como está perdendo, e isso não é culpa do patrocinador, mas das contratações ruins que fizeram. Não é a primeira vez que o Paulo cria esse tipo de situações com a gente. Eu disse a vocês que eu nunca tinha dito não ao Paulo, mas de um tempo para cá a Crefisa e a FAM estão meio irritadas com esse Paulo - acrescentou.

"De um tempo para cá a Crefisa e a FAM estão meio irritadas com esse Paulo (Nobre)", disse Leila Pereira

Crefisa e FAM pagam mais de R$ 40 milhões para estampar suas marcas no uniforme do clube, bancam a reforma do CT alviverde (de R$ 8 milhões) todos os gastos com Lucas Barrios, também de quase R$ 40 milhões, além de terem comprado para o Palmeiras jogadores como Vitor Hugo e Thiago Santos. Em entrevista ao LANCE!, em julho, Leila dizia que a parceria era até melhor do que a Parmalat, patrocinadora responsável pela montagem dos times de sucesso do Verdão nos anos 90.

- Não vamos aceitar. Se a Adidas lançar qualquer camisa que não seja com o atual patrocinador, o contrato da Crefisa e FAM com o Palmeiras estará rompido. Onde ele (Nobre) vai achar um patrocinador para fazer as contratações de quinta categoria que ele fez? - acrescentou Leila.

Segundo a patrocinadora, Nobre deveria reconhecer mais o que as empresas têm feito pelo clube. Antes desta crise, a ideia das empresas era prolongar o acordo com o Palmeiras, caso o atual presidente conseguisse eleger um sucessor de sua confiança. A relação, com Crefisa e FAM, contudo, já não é mais a mesma.

- Tínhamos em contrato aquele Porco Gigante para a entrada dos jogadores em campo. O Paulo tirou o Porco e colocou a lona da Chevrolet dizendo que a culpa não era dele, era da Federação. Então, se ele não poderia garantir não deveria ter se comprometido conosco. Sempre tem uma história - reclamou Leila.

- O relacionamento que deveria ser de primeira linha está sendo deteriorado por falta de lealdade e de jogo de cintura. Eles (dirigentes do Palmeiras) decidem e o último a saber é quem banca aquilo lá, junto com o Avanti - encerrou.

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