Prós e contras se Palmeiras inscrever Ricardo Goulart na 1ª fase do Paulista
Principal reforço da temporada terá condições de jogo, na melhor das hipóteses, a um mês do começo do mata-mata do Estadual, quando é permitido fazer trocas entre os inscritos<br>
Restam só duas vagas na lista do Palmeiras para a primeira fase do Campeonato Paulista, e não é certo que Ricardo Goulart preencherá uma delas até a data-limite de inscrição, em 1º de março. O principal reforço do clube no ano se recupera de cirurgia no joelho direito e deve levar, ao menos, mais um mês para poder jogar. Como é possível realizar quatro trocas para o mata-mata, que começa em 23 de março, fica a dúvida em relação ao camisa 11.
Nesse cenário, o LANCE! aponta abaixo as vantagens e desvantagens de inscrever o meia-atacante de 27 anos, emprestado pelo chinês Guangzhou Evergrande até o final da temporada, já na fase inicial do Estadual:
PRÓS
Ritmo de jogo
É certo que Ricardo Goulart estará entre os 30 inscritos na Libertadores e, fisicamente, ficará à disposição do técnico Luiz Felipe Scolari para os três jogos do time na competição em março, nos dias 6, 12 e 26. Se puder participar de, ao menos, parte dos compromissos da equipe pelo Campeonato Paulista antes, vai ganhando ritmo para ser mais útil e decisivo nos compromissos tanto pela Libertadores quanto no mata-mata do Estadual.
Entrosamento
Também de olho em confrontos decisivos tanto pela Libertadores quanto no Campeonato Paulista, a utilização do meia-atacante na primeira fase do Estadual aumenta o seu entrosamento. Dentro da alternância de escalações implantada por Felipão, esse é um fator ainda mais importante, para Goulart já se ajustar à equipe que formará.
Empréstimo é só de um ano
Abrir mão de Ricardo Goulart na primeira fase do Campeonato Paulista pode ser considerada uma perda de tempo. O jogador foi emprestado somente até o final da temporada e, se for inscrito apenas no mata-mata do Estadual, atuaria somente em março, terceiro mês de uma temporada que já não terá partidas durante a Copa América, no meio do ano.
CONTRAS
Gasta uma vaga para poucos jogos
Se optar por Ricardo Goulart, Scolari terá só uma vaga para outros sete jogadores. Nesse grupo, estão o zagueiro Juninho e o lateral-direito Fabiano, que são ausências praticamente certas, mas ainda tem o volante Matheus Fernandes e o atacante Arthur Cabral, recém-contratados, o meia Raphael Veiga, que voltou de empréstimo a pedido do técnico, e os meias Hyoran e Guerra. Seria interessante correr o risco de causar insatisfação no elenco para ter Goulart por, no máximo, cinco jogos na primeira fase do Paulista?
Sem ritmo, em jogo decisivo, pode frustrar
Na melhor das hipóteses, Ricardo Goulart, com evolução física elogiada, volta no fim de fevereiro. Assim, apesar de ser uma possibilidade remota, até poderia ser relacionado diante do Santos, no próximo dia 23. Mas, caso inscrito, certamente seria uma opção em outro clássico, contra o São Paulo, em 16 ou 17 de março. Sem ritmo de jogo, pode atuar abaixo do nível que a torcida tanto espera e frustrar.
Risco de lesão por pancada
O Palmeiras conseguiu a liberação do Guangzhou Evergrande para fazer todo o tratamento de Ricardo Goulart desde a cirurgia no joelho direito, no fim de outubro, e o cuidado é para que não ocorra nenhuma lesão muscular quando ele voltar a jogar. Mas estar em campo o expõe a pancadas que podem comprometer sua temporada. Vale a pena usá-lo em campos longe dos ideais no Paulistão, contra times que estarão lutando contra o rebaixamento ou por uma vaga nas quartas de final?