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O que Palmeiras ganha com mudança no contrato de empréstimo de Borja

Verdão cedeu em negociação porque a diretoria do Junior Barranquilla estava impedindo a escalação do atacante para evitar que ele cumprisse as metas que obrigariam sua compra<br>

Borja Junior Barranquilla
Borja tem contrato com o Junior até o fim de 2020 (Foto: Divulgação/Junior Club SA)

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O Palmeiras se acertou com o Júnior Barranquilla para remover a cláusula de obrigação de compra prevista no contrato de empréstimo de Miguel Borja. A informação foi primeiramente noticiada pelo ‘Blog do Danilo Lavieri’, no Uol Esporte, e confirmada pela reportagem do NOSSO PALESTRA/LANCE!.

Desta forma, o clube colombiano não será mais obrigado a contratar o atacante em definitivo caso ele cumpra as metas previamente estipuladas (marcar 23 gols ou atuar em cerca de 75% dos jogos da equipe). Em contrapartida, o Verdão encaminhou uma renovação de mais dois anos com Borja (agora, até dezembro de 2023), a fim de ter mais tempo para negociá-lo quando seu empréstimo com o Junior se encerrar no fim deste ano.

Além da renovação, o que o Palmeiras ganha com a mudança no contrato de Borja?

A princípio, parecia que o Palmeiras sairia lesado com a remoção da cláusula de obrigatoriedade de compra do contrato de empréstimo do centroavante. No entanto, o contexto de pandemia e crise financeira explica como essa alteração pode ser vantajosa.

O valor estipulado para o Junior Barranquilla adquirir 50% dos direitos de Borja era de 4,3 milhões de dólares (cerca de R$ 24 milhões, na cotação atual). Entretanto, com as dificuldades econômicas causadas pelo novo coronavírus, seria impossível que os colombianos desembolsassem tanto dinheiro para efetuar a compra. Desta forma, a diretoria da equipe passou a impedir que o atleta, que vinha em boa fase, fosse escalado. Tudo para evitar que ele cumprisse as metas.

Borja Junior Barranquilla
Borja tem sete gols em dezesseis jogos pelo Junior em 2020 (Foto: Divulgação/Junior Club SA)

Para o Alviverde, seria muito prejudicial se o Borja ficasse seis meses sem entrar em campo, pois ele perderia o ritmo de jogo e se desvalorizaria. Isso dificultaria ainda mais uma futura negociação para vendê-lo. Do contrário, com ele atuando em um futebol menos competitivo como o da Colômbia, poderia se sobressair, ganhar confiança e atrair atenção de mercados estrangeiros.

O problema da falta de ritmo poderia ser resolvido caso o Palmeiras o chamasse de volta ao Brasil. No entanto, além de o clube já ter um titular absoluto para a posição (Luiz Adriano), a relação da torcida com Borja não é das melhores. Sair do seu time do coração e retornar a esse ambiente conturbado poderia fazer sua situação ‘voltar à estaca zero.’

E, acima de tudo, quem mais perderia com isso, além do camisa nove, seria o próprio Verdão, que precisa recuperar parte do investimento no atleta.

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