Palmeiras rebate FPF: ‘Cada vez que se manifestam, se enrolam mais’
Após entrevistas do presidente da Federação, Reinaldo Carneiro Bastos, dizendo que não houve interferência, o diretor jurídico do clube, Alexandre Zanotta, mostrou incômodo
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O Palmeiras respondeu às entrevistas de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF, que negou interferência externa na final do Campeonato Paulista. Alexandre Zanotta, diretor jurídico do clube, considera que a cada novidade sobre o caso, a entidade tem mais a explicar.
- Cada vez que se manifestam, se enrolam mais. Nós queremos saber por que eles declararam logo após a partida que não houve interferência externa, mas mesmo assim iniciaram uma investigação interna sigilosa para tentar apurar. Por que nenhuma das provas e celulares foram analisados e disponibilizados em inquérito? Por que, mesmo sem essa análise, o inquérito foi arquivado? Por que após o arquivamento do inquérito ainda assim a federação seguiu investigação interna sigilosa? E, por fim, como podem afirmar que a análise unilateral de um único celular indica que não houve interferência externa? - questinou Zanotta.
Nesta quinta-feira, o presidente da FPF concedeu entrevista ao "Estadão" e disse ter sido feita uma sindicância interna para investigar a possível participação externa na decisão de anular o pênalti de Ralf em Dudu. Segundo Reinaldo, foram vistos os históricos telefônicos dos envolvidos na partida e após "um trabalho rigoroso não foi detectada nenhuma interferência". A versão não convence o Palmeiras, que entrou com ações no STJD e TJD-SP para julgar as provas entregues ao Tribunal paulista.
- Por que a federação não entrou no debate de todas as demais evidências? Não foram abordados os três minutos de demora para o quarto árbitro levar a informação para o árbitro, o porquê de o quarto árbitro somente levar a informação ao juiz depois de um contato com o quinto, o contato do delegado com o quarto árbitro, o contato do Dionísio com o assistente. Enfim, estão tentando mais uma vez simplificar e conduzir de forma ilegal, apenas para engavetar o caso o quanto antes - acrescentou Zanotta.
Como o LANCE! publicou, o Palmeiras quer que o resultado do Paulista não seja homologado até que o julgamento sobre a decisão termine. O clube cita um precedente a seu favor, a partida entre Uzbequistão e Bahrein, nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006, em que o jogo foi anulado por um "erro de direito" da arbitragem, mesmo argumento usado pelo Verdão no Dérbi.
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