Saiba como Roberto Pereyra pode encaixar no time do Palmeiras
Versatilidade é a principal característica do argentino de 32 anos
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Tudo indicava que o Palmeiras passaria mais uma janela de transferências em branco, até surgir a informação de que o clube negociava com o meia Roberto Pereyra. O argentino está livre no mercado desde que deixou a Udinese (Itália), em junho deste ano.
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Um dos principais motivos para a mudança de postura do clube pode ter sido a lesão de Dudu, que só volta a jogar em 2024. Pereyra seria uma reposição ao camisa 7, podendo atuar tanto nas pontas como no centro do campo.
As características dos jogadores, no entanto, são bem diferentes. Embora tenha aprendido a desempenhar várias funções em campo, Dudu segue atuando, essencialmente, como um ponta e sua principal característica ainda é o drible.
Roberto Pereyra, por outro lado, é um articulador de jogadas. Em suas últimas temporadas, pela Udinese, jogou tanto pelo lado esquerdo como pelo lado direito, como ponta ou ala - em um sistema com três zagueiros. Na Inglaterra, porém, quando defendeu o Watford, o meio-campista chegou a ser utilizado como uma espécie de segundo-volante.
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Analisando apenas as posições em que o jogador atua, podemos imaginar que, além de Dudu, Pereyra poderia assumir uma vaga no meio-campo, no lugar de Gabriel Menino e ao lado de Zé Rafael, ou até mesmo formando um trio de meio-campistas e deslocando Raphael Veiga para a posição de Dudu.
Entretanto, duas estatísticas obtidas através da plataforma 'xValue stats' chamam a atenção: na última temporada do campeonato italiano, Pereyra foi o segundo jogador que mais iniciou tabelas (20) e também o segundo jogador que mais distribuiu passes em uma tabela (23). Esse dado indica um jogador mais associativo, ou seja, que gosta de se aproximar dos companheiros para trocar passes curtos e ultrapassar para quebrar a marcação.
O Palmeiras, porém, adota uma estrutura de jogo posicional, onde cada jogador ocupa um espaço no campo e as aproximações só acontecem quando a bola está em uma área de ação do jogador. Em outras palavras: o meia só aproxima da bola se a bola já estiver perto dele; caso contrário, o jogador deve guardar sua posição.
Dessa forma, fica difícil imaginar a utilização de Roberto Pereyra no centro do gramado, já que o estilo de jogo do Palmeiras se chocaria com as características individuais do jogador. Por mais que não seja um driblador, como Dudu, o argentino já está acostumado a ocupar as pontas e poderia fazer uma boa dupla com Piquerez, nas ultrapassagens pelo lado esquerdo.
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