STJD aponta punição descabida de julgamento em SP e absolve Moisés
Meio-campista chegou a ser punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo por quatro jogos, por entrevero em clássico contra o Santos, mas Palmeiras reverteu a decisão
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No Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Palmeiras conseguiu anular uma polêmica punição aplicada pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) a Moisés. Suspenso anteriormente por quatro partidas no pleito estadual, o meio-campista foi absolvido em sessão nesta quinta-feira.
Última instância nacional da justiça desportiva, o STJD apontou uma punição descabida o gancho de quatro jogos aplicado ao camisa 10, que se envolveu em entrevero com o zagueiro Gustavo Henrique, do Santos, em clássico que ficou 0 a 0, no Allianz Parque, em 23 de fevereiro, pela primeira fase do Campeonato Paulista. O jogador foi absolvido por unanimidade.
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- O que me parece é que o Moisés não fez nada e, se o fez, o artigo 58-B (do Código Brasileiro de Justiça Desportiva) não permite que seja averiguada pela Justiça Desportiva. Se o árbitro não viu, precisa ser algo grave para que possamos avaliar. Entendo que deve ser absolvido - disse o procurador-geral Felipe Bevilacqua.
- A súmula do jogo nada relatou sobre os fatos. Pelas imagens, o atleta Moisés nada fez. Voto para absolver o atleta do Palmeiras - justificou o relator do processo, o auditor José Perdiz.
Os auditores Otávio Noronha, Ronaldo Piacente, João Bosco, Antônio Vanderler, Mauro Marcelo de Lima e Silva e Arlete Mesquita e o presidente Paulo César Salomão Filho acompanharam o voto do relator, absolvendo Moisés por unanimidade na sessão desta quinta-feira.
O caso envolvendo Moisés acirrou os problemas do Palmeiras com a Federação Paulista de Futebol (FPF) e o TJD-SP. O clube rompeu relações com as entidades desde a final do Campeonato Paulista de 2018, já que não foi levada em consideração a acusação de interferência externa ilegal na decisão do Estadual do ano passado.
Moisés, assim como Gustavo Henrique, foi punido inicialmente com um jogo de gancho. Os clubes entraram com recurso e, antes do novo julgamento, Antônio Olim, presidente do TJD-SP, deu entrevistas falando em mandar lenços ao Palmeiras para que a diretoria parasse de chorar. Na sequência, às vésperas da semifinal do Paulista, a pena aumentou para quatro partidas. Moisés só ficou à disposição contra o São Paulo, naquela ocasião, porque o Verdão recorreu ao STJD e conseguiu efeito suspensivo.
O julgamento que ampliou o gancho de Moisés ainda teve acusações de irregularidade, já que votaram no caso pessoas que já tinham participado da primeira decisão, algo que não é permitido. Por conta disso, o técnico Luiz Felipe Scolari colocou o torneio sob suspeita e Olim respondeu que o problema do Palmeiras "são os dirigentes e o Felipão". Olim, que se diz palmeirense, estava no palco de premiação quando o Corinthians ganhou o título neste ano.
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