Torcidas organizadas, ingressos e Arena Barueri: veja opinião de Savério para o Palmeiras

Candidato da oposição do clube fala sobre planos futuros

imagem cameraSavério Orlandi, candidato à presidência do Palmeiras (Foto: Nino Andrés/Divulgação)
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Rafaela Cardoso
São Paulo (SP)
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Vitor Coelho Palhares
São Paulo (SP)
Dia 16/11/2024
05:00
Atualizado há 5 horas
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Savério Orlandi, que disputa a presidência do Palmeiras com a atual mandatária, Leila Pereira, abriu o jogo sobre o que pensa em relação às torcidas organizadas do clube e como pretende lidar com elas, falou sobre preço de ingressos no Allianz Parque e, também, falou sobre a Arena Barueri, estádio que não considera ser uma "segunda casa" do time. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o advogado detalhou seus planos, caso vença as eleições no próximo dia 24. Confira.

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Torcidas organizadas

- A relação, na minha visão, é institucional. Parece lugar comum falar isso, mas é dialogar, conversar, não é dar benefícios, ingressos, não tem conversa com meia dúzia de jogadores do elenco. Nisso eu nunca acreditei. Na minha passagem pela diretoria, tive um relacionamento institucional que se deu nessa condição, tiveram momentos ruins e até ameaça de morte, teve protesto em frente ao CT... Qualquer outra coisa que fuja a isso, leia-se: briga em aeroporto, invasão a CT, aí não há razão para manter o canal de diálogo. De uma forma geral, vejo a torcida organizada como um ator, como um agente dentro do nosso mercado futebolístico, é uma parte, não tenho dúvidas disso. A gente não pode marginalizar. Episódios pontuais e na maioria das vezes reprováveis, são questões de polícia, é outra coisa, como está acontecendo (emboscada contra torcedores do Cruzeiro). A relação institucional é essa, diálogo direto e reto. - disse Savério.

Preços dos ingressos

- O futebol mudou bastante. A receita do meu clube, o Palmeiras, ela é dez vezes maior, então, quando pensamos em Allianz Parque, alteração de dia de jogos, toda a estrutura, colaboradores, isso custa. O futebol também. Quando passei pela diretoria de futebol, o maior salário era R$ 300 mil, hoje esse salário é o piso, então isso custa. Evidentemente que muitos gostariam do campo dos anos 1980 e 1990, mas isso não vai acontecer mais, principalmente com a estrutura que temos, com as arenas... Não acho justo também quando falam em "gourmetização" no futebol, não é isso, é um negócio como um todo. Todas as partes do negócio acabam sofrendo - afirmou.

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- No caso do Palmeiras, há um contrato com a WTorre que tem regras de precificação e que se vinculam, por exemplo, no pagamento das cadeiras. Se o Palmeiras baixa muito o valor do ingresso, acaba dando um tiro no pé, porque arrecada menos e recebe menos pelas cadeiras que cede. Faz parte do nosso plano de governo duas situações: criar mecanismos de convívio para que torcedores tenham essa experiência de ver um jogo no Allianz Parque, mas definindo estratégia, exemplo jogos do Paulista, uma Libertadores em quinta ou sexta rodada, quando o time está classificado, numa quarta à noite de frio e que a TV vai transmitir. Neste caso, há condições de estratégia. E a outra coisa é revisar alguns valores que são muito aumentados, quando se passa de fase, por exemplo. O clube pode, sem que tenha prejuízo, ter uma equação melhor - concluiu.

Barueri não é "segunda casa"

- Palmeiras tem uma casa só, que é o Allianz Parque. Tem alternativas ao Allianz Parque. Minha concorrente e atual mandatária do Palmeiras tem um contrato de concessão que pressupõe a disponibilização do equipamento público, que é a Arena Barueri, mas não como uma segunda casa. Também não conheço nenhum tipo de acordo que exista entre o Palmeiras e eles. Acho até que Barueri é um lugar que o Palmeiras deva considerar sempre, mas não como alternativa. Na impossibilidade do uso do Allianz Parque, temos que conjugar outras alternativas, dentre as quais, Barueri pode fazer parte. Tivemos momentos importantes lá, quando o Allianz passava por reforma, em 2012. No ano que vem teremos o Pacaembu de novo, daqui uns dois, três anos, teremos opções na região metropolitana - completou Savério.

Quem é Savério Orlandi?

Savério Orlandi é sócio do Palmeiras desde 1983 e titular desde 1996, também foi diretor de futebol do Verdão em duas gestões: entre 2007 e 2008, e entre 2009 e 2010. O candidato à presidência também integrou todas as comissões estatutárias desde 2001 e, entre 2013 e 2021, fez parte do Conselho de Orientação e Fiscalização. A eleição presidencial do Palmeiras acontece no próximo dia 24. Enquanto Leila Pereira tenta sua reeleição, Savério busca seu primeiro mandato.

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