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Treinos, 6kg e vontade de ficar: como Hyoran teve chance na Bombonera

Único jogo do jovem na temporada foi justamente a histórica jornada de Buenos Aires. Para ele, representa a prova de que é possível conquistar espaço perseverando no dia a dia

Hyoran em seu primeiro jogo na temporada: contra o Boca em La Bombonera
imagem cameraCesar Greco/Palmeiras
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 27/04/2018
19:24
Atualizado em 28/04/2018
08:00

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Hyoran tem apenas um jogo pelo Palmeiras em 2018, mas não foi qualquer jogo: ele participou dos últimos 17 minutos da histórica vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors (ARG), em La Bombonera, na última quarta-feira. Para o garoto de 24 anos, a oportunidade recebida significa uma prova de que é possível conquistar espaço com o trabalho do dia a dia.

Esse sempre foi o desejo dele. O meia fez apenas oito jogos em 2017, seu primeiro ano de Palmeiras, mas recusou todas as propostas que apareceram para 2018. Fluminense, Chapecoense, Vasco... Mesmo com a possibilidade de atuar com mais frequência nas equipes que o procuraram, algo que até a diretoria do Verdão via com bons olhos, Hyoran bateu o pé para ficar.

- Mesmo diante de oportunidades de sair para jogar, ele sempre salientou que buscaria o espaço dele e trabalharia muito forte por uma oportunidade. Eu sempre disse a ele que confiasse no seu trabalho e que confiasse em mim, porque quando houvesse necessidade eu iria colocá-lo em campo, muito em função do que ele fazia nos treinos e esperando que pudesse repetir no jogo - disse Roger Machado.

Enquanto a esperada sequência de jogos não vem, Hyoran trabalha. Sua condição física melhorou muito desde que ele chegou da Chapecoense, contratado por cerca de R$ 7 milhões: ganhou 6kg de massa muscular e deixou para trás uma lesão no joelho (espessamento do ligamento colateral medial). Ele tem um acompanhamento permanente no clube para ficar cada vez mais forte e resistente.

Nos treinos, as finalizações do garoto chamaram a atenção de Roger Machado. A versatilidade também, tanto que ele entrou no jogo contra o Boca Juniors para fechar o lado direito, como Keno vinha fazendo, e depois atuou mais centralizado, como Lucas Lima.

A realidade, porém, ainda é a de buscar espaço. Seus principais concorrentes são Lucas Lima, Moisés e Guerra. Foi uma lesão no quadril do venezuelano que abriu espaço para ele ser relacionado para o jogo contra o Boca Juniors.

Foi apenas a segunda vez no ano que Hyoran ficou no banco de reservas - a outra foi contra o Internacional, pela segunda rodada do Brasileirão. O jovem não foi inscrito no Paulistão e havia ficado fora das demais partidas pela Libertadores e pelo Brasileirão por opção do treinador. Roger, porém, não gostou de ouvir que ver o armador entre os reservas em um jogo tão pesado como o de Buenos Aires foi surpreendente para jornalistas e torcedores.

- Para mim é uma pena que vocês tenham visto como surpresa, porque os treinamentos do Hyoran desde o começo do ano são muito bons. Mesmo não sendo inscrito no campeonato regional, em função do número de vagas e das opções que eu tinha naquele momento à frente dele, ele sempre treinou com muito entusiasmo - disse o técnico.

- Para mim não foi surpresa nenhuma, obviamente, oportunizar a ele a entrada em campo e ele responder da forma como respondeu. Ele nada mais fez do que treinou. É o que eu sempre menciono para vocês: é treinar o jogo para jogar o treino. Ele fez exatamente o que está habituado a fazer, aquilo que a gente lá do banco imaginava que ia precisar naquele momento. Ele respondeu bem e fico feliz por ele ter ido bem no jogo.

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