Na próxima quarta-feira, daqui exatamente uma semana, o Palmeiras estreia na Libertadores, às 19h15, diante do Tigre, na Argentina. E Vanderlei Luxemburgo tenta definir quem é o titular do setor em que tem mais opções no elenco: o meio-campo. Tanto a dupla de volantes quanto a armação, que tem ficado com Lucas Lima ou Raphael Veiga, têm sofrido rodízio.
Entre os que podem armar, o técnico já falou até de Gustavo Scarpa, que perdeu uma semana de treinos na pré-temporada enquanto negociava com o Almería, da Espanha, e pouco atuou no ano. Como volantes, Gabriel Menino, Ramires, Zé Rafael, Patrick de Paula e Bruno Henrique já iniciaram partidas em 2020, e Felipe Melo, hoje titular como zagueiro, atuou pelo setor nos minutos finais da vitória por 1 a 0 sobre o Guarani, na quinta-feira passada.
- Temos muitas opções. Eu já tinha falado que, se houver necessidade de colocar o Felipe como volante, em um jogo fora, de Libertadores, um jogo mais pesado, um campo diferente. Não tem problema nenhum e entrar com um zagueiro porque ele sabe jogar ali, mas também está jogando muito bem de zagueiro. E não vejo nenhum problema de ter Menino como segundo volante, o Patrick jogando como primeiro ou segundo... - apontou Luxemburgo.
- Na Copa do Mundo no Brasil, a Alemanha não jogou com nenhum volante, jogava girando os três de meio-campo o tempo todinho. Contra o Guarani, sem o Lucas Lima, mas com Veiga, Bruno Henrique e Zé Rafael girando o tempo todinho. É uma dinâmica que podemos dar com esse tipo de meio-campo, com Patrick, Menino, Zé Rafael, Bruno Henrique. Podem ter dois, três, depende muito da situação do jogo - continuou o treinador.
A dupla de volantes que mais iniciou jogando em sete partidas oficiais foi formada por Gabriel Menino e Ramires: três vezes. Mas Ramires perdeu espaço ao sofrer pancada na perna direita, no dia 8, perdendo os dois jogos seguintes, e Gabriel Menino têm sido escalado como lateral-direito, já que Marcos Rocha e Mayke estão machucados. Assim, Bruno Henrique e Zé Rafael foram os titulares no setor no último jogo e devem ser mantidos contra o Santos, no sábado, no último compromisso antes da estreia na Libertadores.
Na armação, Lucas Lima foi titular em todas as partidas, menos na mais recente, contra o Guarani. Raphael Veiga já o tinha substituído diante do Mirassol, assumiu a vaga contra o Guarani desde o início e, por dar a possibilidade de mais mobilidade com os volantes, como citou Luxa, ao comparar com a Alemanha campeã mundial em 2014, deve ser mantido na equipe que iniciará o clássico no fim de semana.
- Embora os dois sejam meias, são características diferentes. O Lucas é um dos melhores passadores para colocar na cara do gol, admiro muito isso nele, tem uma facilidade muito grande para isso. Em compensação, chego mais à área - analisou o próprio Raphael Veiga
- Isso não quer dizer que um é melhor do que o outro, é questão de entendimento do jogo e daquilo que o professor vai procurar durante a partida. Já teve jogo que ele começou, outro que fui eu. Ter jogadores com qualidades diferentes ajuda, porque o professor pode optar pelo que ele quer para a partida - completou o meia.