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União e solidez: como o Palmeiras de Felipão bate um teste atrás do outro

Desde que chegou, equipe se classificou na Copa do Brasil e Libertadores, e agora está a três pontos do líder no Campeonato Brasileiro. Comissão técnica trabalha em duas frentes

Palmeiras x Atlético-PR
imagem cameraPalmeirenses comemoram na vitória sobre o Atlético-PR, nessa quarta-feira (Foto: Cesar Greco)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 06/09/2018
01:36
Atualizado em 06/09/2018
08:00

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O trabalho da comissão técnica de Luiz Felipe Scolari é feito em duas frentes no Palmeiras: além da parte técnica e tática, há o cuidado com o vestiário. Após a vitória sobre o Atlético-PR, Felipão e o auxiliar Paulo Turra ficaram na beira do gramado esperando a saída de cada jogador para dar um abraço. É comum acompanhar entrevistas dos atletas citando a "família" criada no clube.

Com bons resultados nessas pontas, o Palmeiras vai batendo jogo a jogo um teste diferente e a desconfiança que se existia ao anunciar a volta de Scolari. Com ele, são sete vitórias, dois empates e uma derrota. Isto usando 24 dos 28 jogadores no elenco, tendo duas equipes diferentes, jogando dois torneios de mata-mata e o Brasileiro, em que agora está a três pontos do líder.

Há pouco a se contestar no trabalho até agora. A solidez defensiva é uma melhoria importante, porque mesmo em jogos que a atuação não é boa, como foi o primeiro tempo contra o Furacão, o time também sofre pouco e consequentemente não precisa remar tanto para vencer - mesmo diante da boa equipe paranaense, Fernando Prass teve pouco trabalho. Com Felipão, foram apenas dois gols sofridos nesses dez jogos. 

O principal ponto no jogo de quarta era conseguir se desvencilhar da boa marcação imposta pelo Atlético-PR no primeiro tempo, que não deixava o Palmeiras sair jogando desde sua zaga. A entrada de Bruno Henrique na vaga de Thiago Santos foi um ganho neste sentido.

Mais no campo de ataque após o intervalo, o Verdão começou a encontrar espaços e ainda contou com mais uma boa atuação de Deyverson para iniciar uma vitória que poderia ter sido encaminhada antes, se Borja não tentasse um voleio quando poderia dominar livre na área, ou se Willian, autor do primeiro gol, não tivesse perdido outra chance cara a cara. Teve tempo até para Moisés encerrar a sequência de quatro pênaltis perdidos do elenco e fechar o 2 a 0.

Com Felipão, o Palmeiras já enfrentou time de meio de tabela, ameaçada por rebaixamento, postulante ao título, em ascensão, avançou na Libertadores e na Copa do Brasil, e é a única equipe no Brasil que briga pelo título brasileiro e pelos dois torneios de mata-mata. Para o treinador, que como já disse trabalha por um bom vestiário, mérito dos jogadores que entenderam o que ele quer.

- Tenho neste time algo que não tinha em alguns, a forma como eles se uniram pela vitória. É bom de trabalhar, eles entenderam, saímos de Chapecó na segunda, às 3h da tarde, chegamos 3h da manhã de terça e às 15h eles estavam concentrados. Eles entenderam minha solicitação. São profissionais, temos passado isso. Eles precisam fazer aquilo e eles se dedicam. Está muito bom, está fácil de trabalhar - elogiou.

O novo teste virá daqui a três dias: o Dérbi. Se o Corinthians foi um adversário de doces lembranças durante a primeira passagem de Felipão pelo Palmeiras, nos últimos dois anos tornou-se uma grande dor de cabeça para a torcida. Será mais um obstáculo que Scolari passará? O time chegará, ao menos, mais forte e mais competitivo do que nos últimos clássicos com o arquirrival.

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