Valentim cogitava ficar, mas diz que entende decisão do Palmeiras
Técnico da equipe nos últimos 11 jogos do Brasileirão, Valentim conta que falou sobre permanecer em conversa na segunda, mas foi chamado na terça para encerrar seu vínculo
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Alberto Valentim deixou o Palmeiras por decisão da diretoria. Ele confirmou nesta quarta-feira, em entrevista à ESPN Brasil, que cogitava a possibilidade de permanecer no clube como auxiliar após a conversa que teve com Alexandre Mattos na segunda-feira. No dia seguinte, foi demitido.
- Conversei com o Alexandre e com o Cícero (Souza, gerente de futebol) na segunda-feira. Foi uma conversa boa para que eu continuasse. E ontem houve uma outra conversa, fechando o meu ciclo no Palmeiras, entendendo que era momento de sair, porque poderia ir para outra equipe - disse Valentim.
Antes mesmo de acertar com Roger Machado, o Palmeiras convidou Valentim para voltar à função de auxiliar em 2018. O clube esperava que a reunião de segunda-feira terminasse com uma definição sobre o assunto, mas o ex-jogador pediu mais tempo para pensar se preferia continuar ou iniciar de vez a vida como treinador. O receio de que ele pudesse deixar o clube em meio à temporada caso recebesse um convite de outra equipe pesou.
- Deixei muito claro para as equipes que estavam me sondando durante o campeonato que eu não conversaria, que só veria o futuro depois do campeonato. Sei que meu nome apareceu em alguns clubes, algumas sondagens estão sendo feitas. Espero voltar a trabalhar no ano que vem, quero muito. Me preparei muito para ser treinador e espero ter uma oportunidade rapidamente para, em 2018, fazer coisas boas como treinador - disse ele, que está cotado no Sport e no Atlético-PR.
Valentim foi auxiliar do Palmeiras de 2014 a 2016, dirigiu o Red Bull no Campeonato Paulista de 2017 e logo retornou à comissão técnica fixa alviverde. Em sua quinta e mais longa passagem como interino, somou seis vitórias, quatro derrotas e um empate, tirando a equipe da quinta colocação e levando para o vice-campeonato. Por isso, ele acreditava que pudesse ser efetivado.
- Quase no fim do campeonato, eu soube da contratação do Roger. Respeito profundamente, de verdade mesmo, a diretoria, o Alexandre, o presidente, o Cícero, as pessoas que comandam o futebol do Palmeiras. Tinha uma esperança, sim, de ser treinador, mas deixei claro em todas as entrevistas que estava tentando fazer o melhor e que depois a diretoria decidiria.
- Pude mostrar um pouquinho do meu trabalho. É legal e gratificante quando você consegue passar coisas do treinamento para o jogo. E isso aconteceu muitas e muitas vezes - completou.
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