Verdão ainda esbarra entre afobação e rapidez, mas Mano aponta melhora
Com dificuldades especialmente no início dos jogos, técnico tem visto evolução após o intervalo, mas ainda cita a dificuldade para não deixar o jogo baseado em ligação direta
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Mano Menezes tem 76% de aproveitamento em dez jogos pelo Palmeiras (sete vitórias, dois empates e uma derrota), mas ainda vê o time em processo de adaptação a um novo estilo de jogo. Ao sair da criação mais direta para jogar tendo a bola, o técnico entende que a equipe passa por mais dificuldades ao começar os jogos e evolui após ajustes no intervalo.
A sofrida vitória contra a Chapecoense é um exemplo disso. O Verdão teve um primeiro tempo moroso, em que ficou com a bola, mas não se movimentou nem trocou passes rapidamente. O resultado: pouquíssimas chances criadas. Depois do intervalo, o time ficou mais perigoso, ainda que o gol de Felipe Melo tenha saído apenas no último lance.
- A questão é estabelecer uma diferença entre ser afobado e ser rápido. Não quero que o time deixe de ser rápido, mas você pode colocar velocidade no jogo com passes mais agudos, com o posicionamento de jogadores em lugares estratégicos, para o passe ser para frente. Quando não faz o posicionamento de forma correta, você começa a correr com a bola, como fizemos, para cima de um time posicionado te esperando. A rapidez é outra coisa, não podemos confundir com afobação, ou erramos e perdemos confiança - disse.
Nos dez jogos com Mano Menezes, o time sofreu cinco dos sete gols no primeiro tempo. No ataque, dez dos 16 gols marcados ocorreram na etapa final. Na avaliação do treinador, há ainda uma dificuldade para jogar sem tanta pressa, especialmente em casa, pois a torcida acostumou-se a conquistar títulos com times mais diretos, com Cuca e Luiz Felipe Scolari.
- Nesses dez jogos, o único que jogamos mal foi o da Vila (contra o Santos). Nos outros, encontramos dificuldades, mas resolvemos elas. Se tivéssemos tido um pouquinho de calma no primeiro tempo contra o Atlético-MG, quando não jogamos bem, também teríamos vencido. Precisamos ir entendendo os jogos. Várias vezes fomos para o vestiário com dificuldades e voltamos jogando melhor. Isso é parte dessa relação de confiança que temos, do entendimento que temos olhando de fora, para passar aos jogadores e dar um pouco de tranquilidade para trabalhar a bola. O torcedor apressa, quer que acelere. Contra um time bem postado não dá para acelerar. Se você acelerar, aumenta muito o índice de erro e começa a dar contra-ataque como demos (no fim contra a Chapecoense). Tem de ter calma. É acelerar com passe bom, acabamento bom de jogada e evoluindo com a ideia que temos - completou.
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Ainda que tenha tido tropeços e ficado sete rodadas sem vencer, o Palmeiras tem em 2019 seu melhor desempenho em pontos corridos após 26 rodadas. O time soma 53 pontos e está na vice-liderança - o aproveitamento é equivalente ao de uma campanha de 77 pontos após 38 jogos, número suficiente para ser campeão em todas as outras edições no Brasileiro de 20 equipes.
O desempenho do Flamengo, contudo, é o melhor na história dos pontos corridos até o momento. Com oito pontos de vantagem restando 12 rodadas, a equipe tem campanha equivalente a 89 pontos ao fim das 38 rodadas, batendo com sobras o recorde do Corinthians de 2015, que venceu aquela edição do Nacional com 81 pontos.
Por isso, Mano e os atletas sustentam que o Palmeiras precisa pensar em apenas fazer sua parte até o fim da competição em que defende o título. Desde que chegou, o técnico teve apenas duas semanas cheias para trabalhar - no restante, os jogos ocorreram com intervalo de no máximo três dias entre eles. Após visitar o Athletico, no domingo, o time terá novamente um período maior de treinos, pois só voltará a atuar no domingo seguinte, contra o Avaí.
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