Palmeiras desanda e tem segundo turno até pior que o do ano passado
Time vai para retiro em Atibaia e tem números no returno piores do que quando lutou até o fim para não cair: aproveitamento na segunda metade do Brasileiro é de apenas 37,7%
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Cinco vitórias, dois empates e oito derrotas. Apenas 17 pontos somados em 45 possíveis. Aproveitamento de 37,7%. Esse é o desempenho do Palmeiras no segundo turno do Brasileiro de 2015.
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Para se ter uma ideia da má fase, o Verdão do ano passado, que fez a pior campanha de um time não rebaixado na história dos pontos corridos, tinha desempenho melhor após a 15ª rodada do segundo turno: eram 21 pontos somados até então. A derrocada afastou o time da briga pelo G5 – como o quarto colocado é o Santos, finalista da Copa do Brasil, terminar o Brasileiro em quinto lugar garantiria vaga na Libertadores. Mas a distância já é de cinco pontos a quatro rodadas do fim.
Para piorar, a sequência de más atuações está minando a confiança da equipe. A comissão técnica terá de trabalhar para que isso não interfira nas decisões contra o Peixe, nos dias 25 deste mês e 2 de dezembro.
– Puxamos uma pressão desnecessária. Poderíamos estar próximos do G4 e confiando na Copa do Brasil, mas fizemos algumas partidas horríveis no Brasileiro. Agora tem de ter coragem de encarar e esquecer, porque temos uma final importante. É foco total, na minha opinião, na Copa do Brasil – disse o meia Robinho, após a derrota por 2 a 0 para o Vasco, em casa, no domingo.
Embora tenha chegado à final da Copa do Brasil após eliminar Cruzeiro, Inter e Flu, o Verdão está em situação preocupante no Brasileirão há algum tempo. Tanto que antes mesmo do tropeço diante do Vasco já estava previsto um retiro em Atibaia, no interior de São Paulo. Depois de folgar segunda e terça, o elenco volta ao trabalho na quarta, na Academia. A viagem para Atibaia será na quinta à noite, e os atletas ficarão concentrados até terça da semana que vem, véspera do jogo contra o Atlético-PR, em Curitiba.
"Nós puxamos uma pressão desnecessária. Poderíamos estar próximos do G4, mas fizemos algumas partidas horríveis no Brasileiro", afirmou o meia Robinho
– Vamos treinar bastante, retomar a confiança, minimizar a desatenção. Talvez mudando peças. Já tentei várias soluções, uma hora a gente encontra, porque é cobrar de quem já fez. Temos estrutura e apoio da torcida, então vamos doar um pouco mais. Tem de ter mais paixão – disse Marcelo Oliveira.
SEGUNDO TURNO DE 2014 X 2015
2014: Com Dorival Júnior, o Verdão conseguiu 21 pontos no mesmo período: foram seis vitórias, três empates e seis derrotas. Depois disso, porém, o time não venceu nos quatro jogos restantes e brigou até a última rodada para não cair à Série B.
2015: Desta vez, são cinco vitórias, dois empates e oito derrotas no returno do Brasileiro. No dia 16 de setembro, o time chegou aos mesmos 40 pontos de 2014, com mais 12 jogos a disputar. Só que desde então, o aproveitamento é de 33,3%.
Opinião: Fellipe Lucena, repórter do LANCE!
'O ano é bom e pode ser ótimo. Sem apocalipse!'
"Tente lembrar do último clube brasileiro que montou um elenco do zero e foi campeão no mesmo ano. Difícil.
O segundo turno do Palmeiras no Brasileirão é frustrante e digno de críticas, mas não é hora de caça às bruxas. O time chegou à final da Copa do Brasil e faz uma temporada boa para quem saiu do “nada”.
Talvez tenha faltado repertório a Marcelo Oliveira para recolocar após as lesões de Arouca e, principalmente, Gabriel. Mas não é fácil substituir dois jogadores assim, ainda mais com reservas de qualidade inferior. Falha do técnico, mas também de montagem do elenco. Ajustes que podem (e devem) ser feitos sem que cabeças tenham de rolar tão cedo.
O Palmeiras está virando um cemitério de técnicos. É melhor pensar que o alicerce está sendo montado e o ano ainda pode terminar melhor que a encomenda, com um título."
Opinião: Thiago Ferri, repórter do LANCE!
'Marcelo parece não saber mais o que fazer'
"Após a derrota para o Vasco, Marcelo Oliveira justificou que já mudou jogadores, alterou o esquema, teve uma boa semana de treinos, e mesmo assim o Palmeiras segue jogando mal. Pedir “entrega” na marcação é simplificar os problemas.
Algumas das mudanças que Marcelo diz ter feito são incoerentes. Entre Thiago Santos e Amaral, jogadores de qualidade semelhante, por que não usar o segundo, o titular na Copa do Brasil? Por que tirar Matheus Sales depois de dois bons jogos? Por que insistir em Egídio, mesmo em má fase? Tais questionamentos geram insatisfações não só na torcida, mas também internamente. O técnico teve desfalques importantes, só que não pode dizer, em novembro, que ainda está buscando um time titular. O Palmeiras tem jogado seu futebol mais pobre no ano, às vésperas das finais. Preocupante."
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