Zagueiro, Nico Freire estreou como lateral na carreira. Na Bombonera!
Único defensor canhoto à disposição, o argentino deve ser improvisado na lateral contra o Grêmio, no domingo, mas já conhece a posição desde seu primeiro jogo como profissional
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Se Diogo Barbosa não estiver recuperado de entorse no tornozelo direito nem conseguir efeito suspensivo no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, não restará opção a Luiz Felipe Scolari além de escalar Nico Freire na lateral esquerda contra o Grêmio, no domingo. Mas, apesar de ser zagueiro de origem, o argentino é canhoto e conhece a posição. Inclusive, estreou como profissional no setor, e enfrentando o Boca Juniors na Bombonera.
A primeira oportunidade no time principal do Argentino Juniors chegou para Nico Freire com 19 anos de idade recém-completados. E o zagueiro foi tão bem como lateral-esquerdo que passou a atuar frequentemente na posição pelo primeiro clube de sua carreira, e negociado com o PEC Zwolle, da Holanda, em 2017, com a capacidade de ser zagueiro e lateral como trunfo.
Naquele 17 de março de 2013, pelo Campeonato Argentino, o Boca Juniors criou as melhores chances pela direita da defesa do Argentinos Juniors, o lado contrário do defendido por Nico Freire. Os anfitriões na Bombonera abriram o placar de pênalti com Santiago Silva, e Nico nem passou perto do lance que culminou na falta dentro da área. O jogo terminou 1 a 1, com elogios ao hoje camisa 4 do Verdão, que ouviu colegas mais experientes e não se intimidou.
- Falei com Aníbal Matellán (zagueiro que ganhou as Libertadores de 2000 e 2001 pelo Boca e, em 2013, estava se aposentando pelo Argentinos Juniors), que fez seus primeiros jogos na lateral esquerda. Ele me disse que foi difícil no começo, mas o que ele fez foi não complicar sua vida. Ele me aconselhou a fazer as coisas de forma simples. Sempre quero mostrar meu futebol, mas, nessa posição, a principal função é tentar não cometer erros - disse Nico Freire, na época, à revista argentina Tridente Ofensivo.
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- É verdade que o campo do Boca vibra, e olha que sou torcedor do River. Mas o que me ajudou a ter calma foi o tempo que passei com Ariel Garcé (zagueiro que foi à Copa de 2010 e estava na penúltima temporada da carreira). Ele se concentrou comigo, me ajudou e aconselhou. Disse que, se eu tivesse de jogar, era só jogar... - completou Nico, que quase estreou com gol, pois a bola passou rente a ele antes de desviar em Matías Martínez e ir às redes.
- A primeira coisa que pensei naquele dia foi para não me mandar ao ataque para fazer um gol, porque não seria justo estrear e errar uma bola. A primeira coisa era ter cuidado com a marcação. Eu estava muito focado no que estava acontecendo e no que (o técnico Ricardo) Caruso estava me pedindo para fazer. E fiquei muito tranquilo.
Esse espírito cauteloso, de foco na principal missão, será importante no domingo. Nico Freire chegou no meio deste ano sob aval de Roger Machado, segundo disse o próprio técnico, e está emprestado até a metade do ano que vem pelo PEC Zwolle. Hoje, ele é a última opção na zaga e, até agora, atuou só uma vez pelo Verdão, em amistoso diante do colombiano Independiente Medellín, no Panamá, em 4 de julho, antes da chegada de Felipão.
A chance apareceu agora para o argentino de 24 anos porque, além da lesão e da suspensão de Diogo Barbosa no STJD, Victor Luis é desfalque porque recebeu o terceiro amarelo e precisa cumprir gancho. Luan Cândido, lateral-esquerdo de 17 anos que chegou a ficar no banco na última rodada, contra o São Paulo, está com a Seleção sub-20 e também não pode jogar.
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