A chefe da delegação olímpica da Austrália, Kitty Chiller, recebeu, das mãos do prefeito Eduardo Paes, a chave da cidade do Rio no fim de julho. E, agora, resolveu usá-la para fechar as portas das praias de Ipanema e Copacabana aos atletas da missão australiana. Após o assalto a Ryan Lochte e outros três nadadores americanos na noite do último sábado (13), Chiller decidiu implementar novas medidas de segurança para sua delegação. Entre elas, não andar a pé à noite e evitar as regiões das praias de Ipanema e Copacabana no período noturno.
- Segurança é nossa principal preocupação em relação aos nossos atletas e membros da delegação. Nós reiteramos nossos protocolos iniciais de segurança, de que eles devem andar sempre em grupos de três. E colocamos, agora, as praias de Ipanema e Copacabana fora dos nossos limites no período noturno, já que houve um aumento nos pequenos delitos nas praias. E se estiverem andando após escurecer, que seja apenas de carro e nunca a pé. Mesmo que só vão andar 400 ou 500 metros - revelou Chiller ao jornal inglês The Guardian.
Antes mesmo do crime que, na noite do último sábado, vitimou os nadadores americanos, dois treinadores do remo australiano foram assaltados no Rio ainda no início dos Jogos. Eles chegaram a ter uma faca apontada para si para que dessem aos bandidos seus pertences. Por isso, embora com uma ponta de decepção, o nadador australiano Mitch Larkin, medalhista de prata no Rio, concordou com as medidas adotadas.
- Há outras áreas que podemos conhecer. Sei que planejamos um tour pelo Cristo Redentor no fim desta semana, e também ao Pão de Açúcar, só para falar alguns. Nós vamos conhecer partes do Rio. Infelizmente, é provável que não vejamos a famosa Copacabana, mas podemos passar sem isso. Como nadadores, estamos acostumados a ir do aeroporto para a piscina, depois para o hotel e direto para casa. Mais tarde podemos voltar e viver uma atmosfera turística completa - declarou o nadador.