Argentina perde chances e é eliminada por Honduras no futebol

Hermanos entram em campo precisando vencer, mas conseguem apenas um <br>empate em 1 a 1;&nbsp;Correa desperdiça pênalti, enquanto&nbsp;Calleri passa em branco

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A Argentina está eliminada do torneio olímpico de futebol masculino. O empate desta quarta (10) com Honduras, por 1 a 1,  no Mané Garrincha selou o destino dos bicampeões olímpicos. Os gols perdidos por Calleri e a penalidade desperdiçada por Correa fizeram falta aos hermanos, que acabaram ficando fora da segunda fase, algo que não ocorria desde Tóquio 1964. O gol de Lozano, cobrando pênalti, colocou Honduras nas quartas de final pela segunda vez na história. Martínez igualou no fim, mas não foi o bastante.

O apito inicial do árbitro deu largada a uma contagem regressiva para a Argentina. O 0 a 0, bem como qualquer empate, já eliminava o time dirigido por Olarticoechea. Era, então, previsível que os argentinos partissem para cima desde o começo. E assim foi. Calleri teve duas chances claras na primeira estapa. Na primeira, recebeu livre cruzamento da esquerda; depois, ficou com a sobra de uma falha da zaga hondurenha. Nas duas, mandou pelos ares a chance de abrir o marcador. Com a fome argentina, Honduras vislumbrou espaços na defesa alviceleste e, em contragolpes foi fazendo com que o arqueiro Rulli se tornasse o nome do primeiro tempo. Ele defendeu finalização cara a cara de Lozano. Em seguida, pegou também um cabeceio do centroavante hondurenho. Por fim, cometeu pênalti sobre Elis. Mas, no último lance do primeiro tempo, defendeu a cobrança de Acosta, trazendo moral e esperança para a Argentina.

E a história do segundo tempo poderia ser bem diferente caso o chute longo de Pavón encontrasse as redes em vez de tirar tinta do poste direito. E, principalmente, se após o pênalti cometido por Pereira em Calleri, aos oito minutos, Angel Correa não batesse para fora.

O nervosismo ia remodelando as expressões dos atletas sul-americanos e abrindo ainda mais espaços às costas de laterais e volantes alvicelestes. Os gritos provocativos da torcida em direção aos argentinos empurraram Honduras a aproveitar as oportunidades. Depois de duas chances de contra-ataques desperdiçadas, Elis foi novamente derrubado dentro da área, dessa vez pelo zagueiro Giannetti. Pênalti que foi cobrado por Lozano, que não permitiu que a conta de penalidades desperdiçadas aumentasse, nem mesmo que Rulli chegasse perto de defender a cobrança certeira no ângulo direito: 1 a 0 Honduras.

O gol sofrido desmontou a Argentina em campo. Só em erros de saída de bola, os hondurenhos ganharam de presente outras três chances. O mais perto, porém, que chegaram de matar o confronto foi a bola na trave de Elis. Aos 48 da etapa final, a Argentina ganhou uma réstia de esperança: Martínez cobrou falta da meia-lua e o desvio na barreira matou o arqueiro de Honduras: 1 a 1. Mas os três minutos restantes de jogo não foram o suficiente para um time que não se cansou de perder gols durante todo o torneio olímpico, marcar o tento que o faria seguir adiante.

O empate colocou Honduras apenas pela segunda vez entre as oito melhores seleções do torneio olímpico de futebol masculino. Classificada na segunda posição do grupo D, atrás de Portugal, a seleção comandada por Jorge Luis Pinto - que levou a Costa Rica às quartas de final da Copa de 2014 - espera agora o cruzamento com as equipes do grupo C: Coreia do Sul, México ou Alemanha podem ser o adversário.

Local: Estádio Mané Garrincha, Brasília
Data/horário: 10/08/2016, às 13h (de Brasília)

Argentina: Rulli; Giannetti, Soto (Espinoza), e Cuesta; Pavon,  Lo Celso (Simeone), Ascacibar e Vega; Correa e Calleri - Técnico: Júlio Olarticoechea.

Honduras: Lopez; Paz, Pereira e Acosta; Vargas, Ramirez (Alvarez), Banegas, Elis e Quioto (Benavidez); Lozano - Técnico: Jorge Pinto.

Gols: Lozano (pen-29'/2T); Martínez (48'/2T).

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