A confiança exaltada pelas jogadoras e o técnico Barbosa pelo desempenho na estreia parece ter ficado no sábado. Em uma tarde de muitos erros e hesitação, a Seleção foi derrotada com facilidade pelo Japão pelo placar de 82 a 66 pelo Grupo A do basquete feminino dos Jogos Olímpicos.
Iziane, mesmo com muitos erros, foi a cestinha brasileira com 20 pontos. Damiris foi a jogadora mais regular, com 17 pontos. Pelo lado japonês, Tokashiki foi a maior pontuadora da partida com 23 pontos.
As brasileiras (últimas da chave) não terão muito tempo para lamentar. Nesta terça-feira, às 15h30, novamente na Arena da Juventude, o desafio é a Bielorrússia em jogo de vida ou morte para manter vivo o sonho de classificação. Já as japonesas (em segundo) também entrarão em quadra para encarar a Turquia.
O JOGO
O Brasil começou uma partida mais uma vez tendo dificuldades no ataque. No entanto, mesmo oscilando, a equipe de Barbosa tomou a dianteira do placar. Com Iziane mais uma vez dominando as ações e Damiris mais participativa, a Seleção fazia jogo equilibrado diante das japonesas, que também não conseguiam imprimir uma performance homogênea. Com isso, as donas da casa venceram os primeiros 10 minutos por 20 a 19.
O problema é que no segundo quarto a equipe se perdeu completamente. Com erros básicos de marcação na defesa e condução no ataque, o Brasil virou presa fácil. Além disso, a questão de faltas pessoais voltaram a pesar. Adrianinha pelo segundo jogo seguido e Clarissa ficaram com três faltas antes da metade do jogo. O Japão aproveitou então para abrir frente. Comandadas por Takada e Yoshida, abriram 14 pontos antes do intervalo graças também ao baixo aproveitamento ofensivo da Seleção (13 pontos): 47 a 33.
A conversa de Barbosa não surtiu efeito. O Brasil voltou ainda mais perdido, quase sem confiança. Bastava ver na hesitação das jogadoras na hora de arremessar, mesmo livres de marcação. Com jogadas variadas, fosse de garrafão ou bolas de três, o Japão chegou a abrir 27 pontos de frente. A torcida brasileira tentou pegar o time no colo. A equipe de Barbosa até acordou, mas foi para o último quarto precisando de um milagre: 73 a 52.
No último quarto o Brasil tentou ir na base da vontade. No entanto, faltou uma regularidade para tirar uma diferença muito grande no placar. O Japão seguia com seu jogo consistente e de poucos erros. Mesmo assim foram 10 minutos de pouca pontuação para ambos os lados. Segunda derrota para conta e o sonho de uma classificação para as quartas de final cada vez mais distante.