Em agosto do ano passado, o Parque Olímpico dos Jogos Rio-2016, na Barra da Tijuca, parecia o cenário de uma terra arrasada.
Naquela época, boa parte das obras das novas arenas olímpicas ainda estava na fase final das fundações, em que o subsolo é preparado para suportar o peso da construção, mas na superfície quase nada é visto. O que podia ser observado naquele momento eram algumas poucas estruturas aparentes, e o amplo terreno escuro e irregular.
Catorze meses depois, tudo mudou. Aquela área imensa e quase vazia deu lugar a um complexo esportivo com arenas modernas, e com um efeito visual que impressiona quem pisa ali pela primeira vez.
Na última terça-feira, o Comitê Rio-2016 e a Empresa Olímpica Municipal (EOM) levaram jornalistas do Brasil e do exterior para visitar algumas instalações dos Jogos, entre elas o Parque Olímpico. A imprensa pôde conhecer mais de perto o Estádio Aquático, a Arena do Futuro, as Arenas Cariocas, entre outras.
Apesar da boa primeira impressão causada pelo “coração” da Olimpíada Rio-2016, o parque que abriga nove arenas ainda está longe de estar pronto e requer muito trabalho – segundo a EOM, o local está com 89% de obras concluídas.
O Centro de Tênis já deveria ter sido entregue, e o Velódromo ainda está em 65% no andamento de suas obras – a área em torno destas duas instalações ficou fechada para os jornalistas durante a visita. Enquanto a imprensa caminhava pela via principal, operários trabalhavam por todos os cantos e arenas.
Além disso, as arquibancadas do Estádio Aquático não aparentam ter capacidade para receber 18 mil pessoas. Recentemente, a Federação Internacional de Natação (Fina) questionou este número.
Ainda há vários detalhes pendentes no espaço que antes abrigava o autódromo de Jacarepaguá. Por outro lado, este grande complexo que em 2014 era um imenso canteiro de obras já tem cara de Olimpíada.