Ginasta brasileira brilha nos EUA e prepara futuras campeãs
Emanuelle Lima encara novo desafio após boa campanha da ginástica rítmica na Rio-2016
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Emanuelle Lima realizou um dos sonhos da carreira na ginástica rítmica aos 20 anos. Na Olimpíada de 2016, ela fez parte da equipe brasileira, ao lado de Francielly Machado, Gabrielle Moraes, Jéssica Maier e Morgana Gmach. O time brasileiro arrancou aplausos na apresentação, na Arena Olímpica, no Rio de Janeiro, terminando em nono lugar, muito perto de garantir a oitavo e última vaga para a final. Já na prova dos arcos e maças, um comemorado e inédito sexto lugar.
Atualmente, aos 23, ela percorre uma nova trajetória para voltar aos Jogos, em 2024, conciliando a carreira de atleta com a de treinadora.
A capixaba, após a Rio-2016, passou a dividir os treinamentos, nos Estados Unidos, com a função de técnica de um grupo de jovens no clube Rhythmic Art, em Miami. Nos planos, compartilhar os ensinamentos de mais de 15 anos na ginástica e ver as pupilas em ação em Paris, em 2024.
- Eu ainda não parei de competir. Eu vou competir ainda nos Estados Unidos no ano que vem. Nunca me imaginei sendo treinadora, só que percebi que levo jeito para isso. Eu fiz ginástica a minha vida inteira, então acaba que eu tenho facilidade para transmitir o que aprendi com as minhas ginastas. E elas têm o maior respeito por mim, por eu ter ido à Olimpíada - explicou Manu.
- Agora nos Estados Unidos fizeram uma lei nos clubes que os obriga a ter ao menos um conjunto na ginástica rítmica. E aqui eles são mais fracos na categoria conjunto. O Brasil é muito mais forte. Então estou aqui para ensinar essa parte que eu sei, de conjunto, para ver se o país melhora nesse quesito. No individual eles são muito fortes, são os melhores da América. Vamos competir nos Nacionais e de lá sairá o conjunto para a Olimpíada de 2024. Então, se as minhas ginastas ficarem em primeiro, vou levá-las para a Olimpíada - completou.
No currículo de Emanuelle também estão conquistas nacionais e continentais: campeã pan-americana, bi sul-americana, tri brasileira e das Olimpíadas Escolares. Fruto de muito trabalho e sacrifício, desde o início na modalidade.
- Comecei na ginástica muito novinha, com cinco anos. Com seis já fazia parte da seleção capixaba e com 13 anos eu comecei a fazer parte da Seleção Brasileira. Sempre fui muito determinada em tudo o que fazia, tanto na escola quanto na ginástica. E lembro, quando tinha 8 anos, nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, eu e as minhas amigas da ginástica fomos assistir às competições lá em casa. E ali fiquei com uma ideia na minha cabeça: um dia eu iria para uma Olimpíada. Ali começou o sonho olímpico e fiz disso um objetivo - conta.
Manu lembra das dificuldades da carreira para estimular, agora como treinadora, as jovens ginastas:
- A caminhada para as Olimpíadas foi muito árdua. Alguns dias eu chegava a treinar 11 horas. Era lesão atrás de lesão, tive de emagrecer 16 quilos. Foi muito difícil, mas eu fazia com muito prazer porque sabia que estaria realizando um sonho. E foi maravilhoso poder competir em casa, com minha família inteira lá, todo mundo torcendo. O público reagindo à nossa entrada... Foi de arrepiar. Só de lembrar eu me arrepio ainda hoje.
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