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Crônica olímpica: ‘Somos todos de carne e osso’

Resultados que brasileiros conseguiram no Rio de Janeiro prova que é possível formar bons representantes em modalidades pouco reconhecidas no país

Darlan Romani chegou a ficar em 3º: foi 5º no arremesso de peso
<br>(Foto: FRANCK FIFE/AFP)

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Adilson Maguila Rodrigues costumava dizer que todos os seus adversários eram de “carne e osso” e por este motivo não temia ninguém. Em parte, o ex-boxeador tinha razão. E o desempenho da delegação brasileira na Rio-2016 ratifica mais uma vez esta tese.

Alguns resultados obtidos pelos atletas nacionais provam que com um mínimo de planejamento e boa vontade é possível formar bons representantes em modalidades pouco reconhecidas no país.

O maior destaque nacional até agora nos Jogos do Rio fica com Thiago Braz e sua espetacular medalha de ouro no salto com vara, com uma marca olímpica superior ao da lenda ucraniana Serguey Bubka.

Isaquias Queiroz pode ganhar neste sábado a terceira medalha em uma mesma edição dos Jogos. Sensacional! Quando se pensou em um brasileiro ter tanto destaque na canoagem?

Darlan Romani chegou a ficar em terceiro no arremesso do peso, Luiz Eduardo foi décimo no decatlo, Robson Conceição ganhou o primeiro ouro do boxe, Hugo Calderano (20 anos) caiu nas quartas do tênis de mesa, assim como Nathalie Moellhausen na esgrima, etc....

E um detalhe: cada um nasceu em um lugar. Isso demonstra que realmente todos somos de “carne e osso” como disse Maguila.

O Brasil é um país populoso como China, Estados Unidos e Rússia. Tem todas as condições em um futuro próximo de se tornar uma potência olímpica. Jovens para a prática do esporte não faltam.

Falta apenas boa vontade. E este é o grande problema.

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