O sistema defensivo da Seleção Brasileira colocou mais um ataque "no bolso" na última quarta-feira. Ao atropelar Honduras por 6 a 0 e, portanto, não levar gol, o Brasil alcançou a quinta partida sem ser superada na atual edição dos Jogos Olímpicos. Uma marca e tanto, que eleva ainda mais segurança para a disputa da decisão pelo ouro, contra a Alemanha, sábado.
No entanto, a final também representará o maior teste para a equipe canarinho. Os europeus já anotaram 21 gols no torneio, média de 6 por partida. O aproveitamento se deve sobretudo à goleada sobre Fiji por 1 a 0.
- Você vai com confiança. É o nosso papel tentar não tomar gol. Isso aconteceu durante o torneio inteiro. Isso nos dá mais confiança. O próximo jogo é o mais importante para continuar sem tomar gol - afirmou o goleiro Weverton, que fez duas defesas no jogo, uma de grau alto de dificuldade, apesar de ter passado a maior parte dos 90 minutos como espectador privilegiado.
Contra Honduras, o trabalho dos defensores do Brasil não se limitou a "apenas" proteger a retaguarda. O zagueiro Marquinhos se arriscou no ataque e, depois de uma cobrança de escanteio, marcou o quarto gol brasileiro, virando um "intruso" na lista de artilheiros do Brasil na Rio-2016, que só contava até então com os integrantes do quarteto ofensivo - Neymar, Gabriel Jesus, Gabigol e Luan.
- O objetivo de um zagueiro não é esse, mas as oportunidades aparecem. O principal é ajudar os companheiros e fazer com que o time não tome gols. Mas ficamos ainda mais felizes quando conseguimos marcar. Sabemos que uma bola parada pode decidir o jogo, facilitar para nós - disse Marquinhos, que acrescentou:
- Toda vez que entramos em campo o grande foco é esse (não levar gol). Eu sei da qualidade do ataque. Quando entramos em campo pensamos: se não tomarmos, é grande a chance de fazermos. Em jogos de mata-mata, sabemos o quanto é importante.