Os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro receberam uma "ajuda" na terça-feira. A liminar que impedia que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, de repassar recursos públicos para os organizadores do evento foi derrubada por um desembargador eleitoral da região.
O motivo do impedimento foi com base no parágrafo 10 do artigo 73 da Lei no 9.504/97, que veda a distribuição gratuita de bens no ano de eleições. Porém, segundo o desembargador Herbert de Souza Cohn, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a não realização dos Jogos afetaria a imagem da cidade no mundo.
"Quanto ao fumus boni iuris (NR: 'fumaça do bom direito', em latim, ou seja, que a solicitação parece ser de direito), é patente a sua presença, eis que quaisquer danos à relação contratual estabelecida para a realização de evento de cunho mundial ferem a credibilidade do Estado brasileiro, com natureza transnacional", informou um trecho da decisão.
O desembargador ainda alegou que a escolha do Rio de Janeiro como sede do evento aconteceu em 2009, ou seja, antes do ano eleitoral. Dessa forma, o compromisso firmado à época deve ser mantido atualmente.
"Seguindo a filosofia de planejamento e entrega integrados entre todos os parceiros dos Jogos, incluindo o Comitê Organizador Rio-2016, o financiamento dos Jogos Paralímpicos é um componente do orçamento geral dos Jogos Olímpicos", disse outro trecho, que ainda complementa que o orçamento é apoiado pelos três níveis de governo (federal, estadual e municipal).
Os Jogos Paralímpicos serão realizados entre os dias 7 e 18 de setembro, e o repasse da prefeitura deve ficar em torno de R$ 100 milhões e R$ 150 milhões.