A Autoridade Pública Olímpica (APO) vem sendo alvo de cobranças do Tribunal de Contas da União (TCU) para tornar os contratos relacionados aos Jogos de 2016 cada vez mais transparentes. Presidente em exercício do órgão, Marcelo Pedroso garantiu nesta quarta-feira que se algum esquema de corrupção recaísse sobre o evento, indícios já teriam sido descobertos.
- Nosso objeto de atuação é no sentido de garantir a entrega dos compromissos olímpicos. Buscamos assegurar a transparência que o TCU exige. O tribunal regularmente audita várias áreas da preparação. Então, se houvesse indícios já teriam sido identificados - disse Pedroso, durante evento de balanço das atividades da APO.
Cinco grandes empresas responsáveis pela maior parte das instalações esportivas e de infraestrutura da Olimpíada do Rio de Janeiro vem sendo investigadas na Operação Lava Jato: Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Carioca Christiani Nielsen Engenharia.
De acordo com envolvidos nas investigações, há um modo de operação semelhante nos esquemas de corrupção que envolvem essas empresas, o que liga um alerta para os trabalhos voltados aos Jogos Olímpicos. Porém, Pedroso garantiu que não há preocupações.
- Não temos qualquer indício de problemas. Algo que tem sido muito demandado pelo TCU é a disponibilização de informações de contratos, processos licitatórios, editais, temos tudo disponível na internet. O tribunal audita as obras com regularidade e não há qualquer indicativo de irregularidades - disse Pedroso.
Em setembro deste ano, tanto o TCU quanto o Ministério Público Federal cobraram maior transparência sobre os gastos olímpicos.