Michael Phelps veio para os Jogos do Rio 2016 determinado a algo mais do que aumentar seu recorde de medalhas. Depois de carregar a bandeira dos Estados Unidos na cerimônia de abertura, o maior nadador da história ergueu, também, a bandeira do esporte limpo. Em entrevista após as eliminatórias dos 200m borboleta, última prova da noite desta segunda (8), no Parque Olímpico, o americano pediu o banimento definitivo de atletas que já tenham testado positivo para doping.
- É triste que, hoje, nos esportes em geral, não só na natação, haja pessoas testando positivo e sendo liberadas de volta para o esporte. E múltiplas vezes. Eu acredito que o esporte deve ser limpo e aberto, e acho triste que no esporte de hoje haja gente testando positivo não uma, mas duas vezes e ainda recebendo a oportunidade de nadar nestes Jogos. Isso parte meu coração e espero que alguém faça algo a respeito - disse Phelps.
A declaração do recordista de medalhas da história das Olimpíadas faz coro com as palavras de sua compatriota Lilly King, ouro nos 100m peito. Também nesta segunda (8), ela se posicionou de forma contrária a uma segunda chance a atletas flagrados no doping, não só na natação. E disse não concordar nem mesmo com a liberação do também norte-americano Justin Gatlin, do atletismo.
Dentro da natação, as reclamações dos atletas durante estas Olimpíadas têm se dirigido especialmente a Sun Yang. Ouro nos 200m livre, nesta segunda, o chinês foi pego no doping em 2014 pelo uso da substância estimulante trimetazidina. Na ocasião, Yang foi suspenso por apenas três meses.