Por temor ao zika, Quênia cogita não mandar atletas à Olimpíada do Rio

Presidente do Comitê Olímpico do país africano afirma que saúde dos quenianos é mais importante do que participar da Rio-2016. Horas depois, entidade recua em ameaça

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* Atualizado às 20h

Preocupados com a possibilidade de o vírus da zika chegar ao nível de epidemia, dirigentes esportivos do Quênia cogitaram a possibilidade de não mandar os atletas do país para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que serão realizados em agosto. O presidente do Comitê Olímpico do Quênia, Kipchoge Keino, foi quem levantou esta hipótese.

- Não vamos nos arriscar levando nossos atletas se a zika chegar a estes níveis. Se o vírus da zika for grave, não iremos aos Jogos. Não vamos expor nossos jovens. A saúde de nossa gente é mais importante do que os Jogos. Vamos esperar até o último minuto. Confiamos nos conselhos das autoridades sanitárias do Brasil para tomar a decisão - disse o dirigente.

Enquanto Kipchoge Keino está preocupado com a situação do vírus, o presidente da Federação de Atletismo do país Tuwei Jackson, presidente da Federação de Atletismo, modalidade em que o Quênia tem atletas de renome, afirma que é preciso aguardar um pouco mais para se tomar uma decisão sobre os Jogos do Rio.

Horas depois da declaração, o chefe da missão olímpica queniana, Stephen K. A. Soi, emitiu um comunicado em tom moderado, e disse que "é muito cedo para determinar o status do (Zika) vírus durante a Olimpíada, daqui a seis meses".

"Acreditamos que o Comitê Organizador Rio-2016 está lidando com a ameaça (do vírus) e compartilhando suas ações com as partes interessadas. Consequentemente, o Comitê Olímpico do Quênia não tomou nenhuma decisão especificamente sobre Zika vírus e só pode concluir que a fala de Kipchoge Keino pode ter sido tirada de contexto", diz o comunicado.

Se por um lado, os dirigentes estão preocupados, os atletas quenianos não parecem estar tão ligados na repercussão que o vírus tem tomado. Prova disso é que Ezekiel Kemboi, campeão olímpico e mundial dos 3.000 com obstáculos e representante dos atletas do país, afirma não ter notícias sobre o tema.

Antes do Quênia, surgiu notícias de que o Comitê Olímpico dos Estados Unidos teria dado aos atletas autonomia para decidirem se viriam ou não para a Olimpíada devido a dimensão que os casos de zika têm tomado. O comitê norte-americano nego essa informação.

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