Tão logo encontrou com os repórteres na zona mista, após a vitória que o consagrou como o primeiro tricampeão dos 200 m (repetindo o que já havia feito nos 100 m), o jamaicano Usain Bolt não pensou duas vezes e disparou:
- Eu não preciso provar mais nada a ninguém. O que mais eu preciso fazer para provar que sou um dos maiores de todos os tempos? - questionou Bolt.
Como se alguém, dono de seu juízo perfeito, pudesse questionar o talento e a genialidade do homem que minutos antes havia acabado de reescrever mais uma página da história das Olimpíadas. Desta vez, Bolt não brincou nem diminuiu o ritmo como costuma fazer em suas vitórias. Correu sério o tempo todo, forçou o ritmo e só não alcançou o tão sonhado recorde mundial nos 200 m, como havia prometido, porque não conseguiu manter a mesma velocidade.
Isso não diminuiu o tamanho do feito do jamaicano, que tem consciência do tamanho de sua grandeza no esporte mundial.
- Estou tentando assegurar meu lugar entre os maiores do esporte. Quero estar entre Muhammad Ali e Pelé. Espero que após esta Olimpíada possa ser citado entre eles - disse o jamaicano, que não quis falar em aposentadoria, ao menos por enquanto,
- Eu acho que foi minha última Olimpíada. Na prova, vim muito forte na curva, mas na reta meu corpo não respondeu da mesma forma, Estou ficando velho - disse Bolt, que aos 29 anos e 363 dias (completará 30 anos no domingo), tornou-se o mais velho medalha de ouro dos 200 m nas Olimpíadas.