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Montanha traz Brasil de volta à Olimpíada no martelo

Wagner Domingos participa da etapa qualificatória nesta quarta-feira, marcando o retorno de um brasileiro a esta prova nos Jogos depois de 84 anos

Wagner Domingos
imagem cameraWagner Domingos, o Montanha, será o primeiro brasileiro a competir no martelo em uma Olimpíada desde os Jogos de Los Angeles-1932 (Foto: Wagner Carmos/CBAT)
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Lance!
Enviado especial ao Rio de Janeiro (RJ)
Dia 16/08/2016
20:54
Atualizado em 17/08/2016
06:45

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Um jejum considerável no atletismo brasileiro será encerrado nesta quarta-feira, a partir das 9h40, no Estádio Olímpico do Engenhão, quando começar a prova qualificatória do lançamento do martelo. Depois de uma ausência de 84 anos, um atleta do Brasil estará participando. O pernambucano Wagner Domingos, o Montanha, será o primeiro a competir, igualando-se a Carmine di Giorgi, que competiu nos Jogos de Los Angeles-1932.

Quando iniciou a carreira no lançamento do martelo, ainda em Recife, Montanha utilizava métodos inusitados para fazer alguns treinos, como utilizar botijões de gás. Como vivia na periferia de Recife e estava a 40 minutos de ônibus do clube onde treinava, ele teve a ideia de usar um botijão de gás vazio, que pesa 17 kg, para simular os movimentos do lançamento.

Depois de passar por dramas pessoais, como o de superar um tumor maligno na bexiga em 2011, meses antes do Pan-Americano de Guadalajara, Wagner Domingos tornou-se um nome de referência no lançamento do martelo no Brasil. Já quebrou 16 vezes o recorde nacional da prova e em junho deste ano bateu o recorde sul-americano com a marca que lhe deu a vaga para a Rio-2016, 78m63, na Eslovênia.

Este resultado lhe deixou na condição de quarto melhor lançador de martelo na temporada, sendo superado somente por três competidores, um deles quase imbatível: o polonês Pawel Fajdek. Bicampeão mundial da prova, em Moscou-2013 e Pequim-2015, Fajdek é dono das 10 melhores marcas do ano nesta prova, sendo a melhor em junho, com 81m87.

Para a final do martelo na RIo-2016, avançarão os que alcançarem a marca mínima de 76m50 ou então os 12 melhores. Se repetir algo próximo do melhor resultado de sua vida, Montanha estará perto de um outro feito histórico no atletismo brasileiro.

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