A organização dos Jogos Paralímpicos vem preocupando a Rio-2016. Com a verba apertadíssima e ainda sem a certeza de que terá a ajuda da prefeitura do Rio - que quer dar R$ 150 milhões aos organizadores para desafogar as contas paralímpicas, mas para isso tenta derrubar uma liminar que veta o repasse de dinheiro público - o comitê faz as contas para saber quanto ainda pode distribuir para federações paralímpicas que correm o risco de não enviarem atletas por falta do repasse financeiro programado.
- Estamos calculando o custo de viagem e quanto podemos liberar. Estamos falando de um repasse que ocorrerá em questão de horas e não questão de dias. É uma prioridade nossa - disse Mário Andrada, diretor executivo de comunicação da Rio-2016.
A questão é que o dinheiro não entra. A Rio-2016 diz que está decepcionada com o fato da venda de ingressos paralímpicos ainda não ter decolado e a dificuldade extrema em fechar contrato de patrocínio. Por isso, o comitê põe toda a esperança nos repasses da prefeitura do Rio e do governo federal (este de R$ 120 milhões) para conseguir tirar a corda do pescoço.
- É preciso que seja lembrado que todas as Paralimpíada já realizadas contaram com a ajuda dos governos das cidade e dos países envolvidos. Mas ainda há a possibilidade desta ajuda financeira ser reduzida ou anulada desde que tenhamos sucesso em fechar com patrocinadores e os ingressos começarem a ser vendidos. Mas a verdade é que se esse dinheiro não entrar de um jeito ou do outro, o nosso nível de serviço, que era planejado para ser alto, tem de ser reduzido - disse Andrada.
Reduzido, mas não inviabilizado. Apesar das dificuldades e do tempo apertado até o início da Paralimpíada, o diretor assegura que a competição será excelente e orgulhará os brasileiros.
- As instalações são as mesmas dos Jogos Olímpicos e estão prontas. Se for o caso, repetiremos o plano que estamos fazendo na Olimpíada, cortando luxo, gastos excessivos e usando criatividade e inovação- finalizou o diretor.