Michael Phelps: ‘O Rio foi a cereja no bolo da minha carreira’
Recordista de medalhas olímpicas disse que teve uma despedida perfeita no palco ideal e que, agora aposentado, levantará a bandeira para o fim do doping nos esportes
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Michael Phelps concedeu neste domingo, no Centro de Imprensa do Parque Olímpico, a última entrevista como atleta (ou a primeira como aposentado?) e disse que a sua despedida não poderia ter acontecido num palco melhor: uma Olimpíada no Rio de Janeiro.
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- Foi o adeus perfeito. O Rio foi a cereja que eu coloquei no bolo da minha carreira. Depois de Londres eu parei, voltei para ver até onde poderia chegar. Estava física e mentalmente muito bem e dei tudo o que podia aqui no Rio. Foi por isso que me emocionei tanto depois da minha vitória no 4x100 medley. Ali era a última vez que as pessoas iriam me ver numa competição. E consegui, com meus companheiros, mais uma vitória. Tive naquela hora a sensação de que, enfim, encerro a minha carreira.
E sobre o futuro?
- Quero curtir muito minha família, trocar muitas fraldas, ver o crescimento. Profissionalmente farei as coisas sem correria. Ser técnico.. nadar para salvar vidas.... Muitas pessoas morrem afogadas. Se eu puder ensinar mais crianças a nadar, serei bem-sucedido.
Phelps disse que o seu sucesso não teve nada fora do comum, pois assim como muitos outros atletas ele estabeleceu metas e, mesmo passando por altos e baixos dentro e fora das piscinas, sempre tentou chegar até o fim do planejamento que traçou. E deu uma resposta curiosa quando perguntado sobre qual das 23 medalhas de ouro foi a mais marcante.
- Todas foram importantes. Mas acho que teria ficado mais feliz se pudesse voltar no tempo e ganhar aquele ouro que perdi para o Chad Le Clos em Londres-2012. Falando sério, todas as 28 medalhas me marcaram. E estas que ganhei no Rio vão para um lugar bem seguro lá em casa, onde poucos conhecem. Juntarei com as outras e vai ser muito legal olhar para as 28 medalhas e pensar: consegui tudo isso.
O recordista de medalhas olímpicas disse que deverá levantar a bandeira contra o doping no esporte.
- É precisa olhar com seriedade. Temos crianças que veem os atletas como exemplos. Todos devem competir limpo e se alguém não fizer isso, é preciso que tenha uma punição exemplar. É preciso acelerar o processo de combate ao jogo sujo. E espero poder ajudar de alguma forma nessa luta
Assalto a Ryan Lochte
Conversando sobre todos os assuntos, brincando com um repórter que era torcedor do time da NFL Pittsburgh Steelers (Phelps é Baltimore Ravens, time que hoje é maior rival do Steelers) falando sobre a campanha apenas regular da Austrália nas piscinas, o astro também comentou sobre o assalto que o companheiro Ryan Lochte sofreu na madrugada de domingo e disse que este fato não pode colocar o Rio de Janeiro no noticiário como uma cidade perigosa.
- Conheço o Brasil, vim aqui várias vezes e em todas me senti seguro. Foi um caso isolado.
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