Rio 2016 pede diplomacia da Força Nacional com os manifestantes
Organização lembra: quem usar material visual de cunho político será retirado das Arenas, não haverá confisco, vaiar é permitido e todos serão tratados com elegância
As manifestações políticas dos torcedores brasileiros, que estão sendo coibidas pela Força Nacional nas Arenas, geraram comentário do diretor executivo da Rio-2016, Mario Andrada, durante entrevista neste domingo no Centro de Imprensa Olímpico. O dirigente disse que a ação é estabelecida na Lei Olímpica, que rechaça quaisquer tipo de manifestações visuais de cunho religioso, político ou comercial.
- Se isso ocorrer, o torcedor responsável tem de ser retirado do local. Mas isso apenas para manifestações visuais, não é para quem que estiver vaiando este ou aquele político. Se fosse assim, metade do Maracanã sairia na Cerimônia de Abertura. E somos uma democracia. Fora das instalações não há problema e qualquer um pode expressar a sua opinião - disse Andrada.
O dirigente afirmou que a Lei Olímpica - que teve as regras publicadas no Diário Oficial em 11 de Maio - estabelece a política da Arena Limpa ou Cidade Limpa e que embora tenha sido desenhada para proteger as empresas que detêm direito de imagem, tem outra razão para tal proibição:
- Trata-se de um evento de inclusão e união. Uma manifestação política quebra esses princípios e estabelece um espaço unilateral, pois só o brasileiro entende aquela mensagem de Fora Dilma ou Fora Temer.
Embora tenha ocorrido o relato de confisco de celular no Sambódromo, o local do Tiro ao Arco, neste sábado, e uso de truculência por parte de alguns seguranças, Andrada disse que irá averiguar a ação e que a ordem é agir com elegância em todos os momentos.
- Não há confisco, pois dialogar é muito melhor do que confiscar. Vamos ver caso a caso e mandar um recado aos seguranças de que é preciso usar diálogo e diplomacia.