* Publicado às 18h37
Órgão do governo responsável pela articulação entre os entes municipal, estadual e federal na organização dos Jogos Olímpicos Rio-2016, a Autoridade Pública Olímpica (APO) defende a entrada de despesas com segurança em instalações e energia elétrica na próxima atualização da Matriz de Responsabilidades, que acontecerá em janeiro.
As duas áreas serão responsáveis por um aumento no custo total do evento, que hoje é de cerca de R$ 38,7 milhões. A última parcial do documento foi divulgada em agosto. Em relação ao primeiro item, a discussão atualmente é sobre quais gastos têm relação direta com os Jogos e quais não podem ser atribuídos ao evento.
– Nem tudo é custo dos Jogos. Há iniciativas que o governo federal tem de tomar não agregadas a eles, porque têm natureza pública. O Comitê Organizador não pode contratar uma empresa para fazer a limpeza da cidade, por exemplo – disse o presidente em exercício da APO, Marcelo Pedroso.
Os gastos no combate ao terrorismo são responsabilidade do governo federal. Dentro deste montante, a segurança das arenas poderá ser considerada despesa exclusiva da Olimpíada. No Plano de Políticas Públicas, que abrange os empreendimentos de legado, há gastos que devem ficar fora do documento.
– Isso não significa que, no final, não haverá um custo – disse Pedroso.
A segurança das instalações seria feita inicialmente com recursos privados do Comitê Rio-2016, mas se tornou atribuição do governo federal.
A energia temporária também teve uma parcela assumida pelo governo (Região Barra), com um custo de até R$ 150 milhões. Nos outros locais, quem bancará será o Comitê, subvencionado com recursos de renúncia fiscal do governo do estado.
A entrada desses e outros itens na Matriz terá de passar pelo aval do Conselho Público Olímpico (CPO).