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Os caminhos que podem levar o Flamengo ao bicampeonato Mundial contra o Liverpool

Confronto entre brasileiros e ingleses acontece neste sábado, em Doha, capital do Qatar; LANCE! mostra os possíveis pontos fracos a serem explorados do atual campeão europeu

Monterrey x Liverpool - Comemoração
Liverpool passou pelo Monterrey na semifinal do Mundial de Clubes em Doha (Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP)

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Se em 1981 o Flamengo "botou os ingleses na roda", como diz a música cantada pela torcida, em 2019 o Rubro-Negro precisará suar para deixar novamente o Liverpool para trás. Mais perto do sonho do bicampeonato no Mundial de Clubes, o time de Jorge Jesus terá que superar as próprias dificuldades e explorar os pontos fracos dos atuais campeões europeus. O LANCE! mostra algumas dessas possibilidades. 

As primeiras coisas que vêm a mente quando se pensa nos Reds são o trio de ataque, com Mohamed Salah, Sadio Mané e Roberto Firmino, o entrosamento do time de Jürgen Klopp e a força nas laterais de Alexander-Arnold e Robertson, que vivem grande fase. No entanto, a equipe já mostrou algumas dificuldades ao longo da temporada. A principal delas é quase uma contradição com as qualidades: a fragilidade defensiva.

Ainda não é certo se Virgil van Dijk, segundo colocado no Bola de Ouro deste ano, estará em campo no próximo sábado e, apesar de Alisson ter sido o grande destaque da semifinal contra o Monterrey e eleito o melhor goleiro do mundo, o time inglês vem tendo problemas no setor na atual temporada. Foram 47 gols sofridos em 35 jogos. Ou seja, a defesa foi vazada em 80% das partidas até aqui. No Campeonato Inglês, o Liverpool a mesma quantidade de "clean sheets" do Watford, lanterna da competição, com quatro cada. Na semifinal do Mundial, a equipe mexicana explorou constantemente os espaços deixados.

Se o trio ofensivo do Liverpool é o grande destaque, o ataque do Flamengo também mostrou um grande poder de decisão ao longo da temporada. Com a bola longa, o Rubro-Negro pode explorar a linha alta de marcação dos Reds. O Monterrey conseguiu criar, principalmente com o Pabón, pela direita, em cima do Robertson. Bruno Henrique e Gabigol podem alternar pelo setor para desenvolver as jogadas.

Entre os desfalques, o principal é Fabinho. O volante é o principal responsável pela saída de bola e, por mais que seus substitutos não deixem a desejar, a dinâmica não é a mesma sem o brasileiro. É uma ausência muito sentida. Wijnaldum, com o box-to-box e aparecendo sempre como figura surpresa na entrada da área para definir jogadas, também pode fazer falta.

Outros fatores são o cansaço pelo intenso calendário de fim de ano dos ingleses e uma possível soberba da equipe de Klopp. No primeiro caso, lesões e desgastes podem ajudar o Flamengo, mesmo que os cariocas também vivam um momento delicado de término de temporada e desgaste físico. Dependente do passe, o Liverpool busca mais as aproximações. Se o Flamengo forçar a marcação, tomando cuidado com os erros de passes, e anular os laterais, especialmente nas invertidas de jogo, pode ter sucesso.

A ver, pois a reedição da final de 38 anos atrás bate à porta. Liverpool e Flamengo se enfrentam neste sábado, às 14h30 (de Brasília; 20h30 no horário local), no Estádio Internacional Khalifa, pela decisão do Mundial, no Qatar.

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