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100 anos da Vila: série invicta nos anos 30 ‘inaugura’ o Alçapão

Peixe passa a temporada de 1930 sem perder e jornalista define estádio como 'autêntico alçapão'. Apelido se populariza, aparece em hino e é usado até hoje

Vila Belmiro, também conhecida como Alçapão
imagem camera(foto:Ari Ferreira/Lancepress)
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Lance!
São Paulo (SP) 
Dia 07/10/2016
19:00
Atualizado em 08/10/2016
18:16

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O hino oficial do Santos anuncia, orgulhoso, logo no seu primeiro verso: "Sou Alvinegro da Vila Belmiro, o Santos vive no meu coração". A referência ao estádio, que completa cem anos no próximo dia 12 (quarta-feira), expõe o afeto que os santistas têm por sua casa. Porém, é no hino popular do clube, a marchinha carnavalesca “Leão de Mar”, composta dois anos antes, que o sentimento se expressa à brasileira, pelo apelido que o distingue na boca dos torcedores: "Santos sempre Santos, dentro ou fora do Alçapão".

O hábito de referir-se à Vila Belmiro como Alçapão, uma armadilha para os rivais, vem dos anos 30 e sobrevive até hoje. O pesquisador Guilherme Guarche, que cuida da organização dos dados históricos do Santos, faz o recorte histórico:

– Começou em dezembro de 1930. Naquele ano, o Santos não perdeu nenhuma partida. Antônio Guenaga, do jornal A Tribuna, escreveu que a Vila Belmiro era um "autêntico alçapão". Foi a imprensa que começou a usar.


Não foi em 30 que o Santos conquistou seu primeiro título de expressão. Ele viria apenas cinco anos mais tarde, com o Paulista de 35, mas as 25 partidas sem perder como mandante naquele ano compuseram uma série invicta jamais repetida no templo santista. No total, foram 35 jogos sem derrota, de 2 de junho de 1929 a 21 de dezembro de 1930, na goleada por 5 a 1 sobre o Guarani, pelo Campeonato Paulista. Nem o Santos de Pelé foi páreo, embora tenha batido na trave, com 34 jogos entre 1958 e 59.

Na campanha de "batismo" do Alçapão, o Santos não contava mais com Araken Patusca, até hoje o oitavo maior artilheiro do clube, mas tinha Feitiço, o quinto da lista. Com ele estavam Omar, Camarão e Evangelista, remanescentes do famoso ataque dos cem gols, de 1927. Dos pés deles é que nasceu a mística.

Quando a França sofreu com o Alçapão


A série que inspirou o apelido de Alçapão, em 30, teve 25 jogos, com 21 vitórias e quatro empates. Um deles ficou na história. No dia 30 de julho, o Santos goleou por 6 a 1 a seleção da França que tinha acabado de disputar a Copa do Mundo, no Uruguai. O fato é lembrado no livro de 100 anos da Vila, dos jornalistas Almir Rizzatto e Ted Sartori, que deve ser lançado em novembro:

"Tamanho poderio técnico causou desconfiança nos estrangeiros e eles reclamaram com os dirigentes do Alvinegro. Eles alegavam que tinham combinado um amistoso contra um clube do Brasil e não contra a Seleção", registra um trecho da obra.

MEMÓRIA DO ALÇAPÃO

1930

Santos passa a temporada invicto na Vila e o jornalista Antônio Guenada, de A Tribuna, descreve o estádio  como um “autêntico alçapão“. O termo caiu no
gosto popular e ainda é usado.

Os jogadores

O time de 1930 não tinha mais Araken Patusca, um dos primeiros ídolos do clube, mas ainda possuía nomes importantes do imortalizado "Ataque dos Cem Gols", de 1927: Feitiço, Omar, Camarão e Evangelista.

Campanha

Entre os 25 jogos de invencibilidade, alguns foram memoráveis, como a goleada de 8 a 2 sobre o Ypiranga, no Paulistão. O mais marcante foi contra a seleção da França, que tinha acabado de disputar a Copa: 6 a 1 para o Peixe.

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