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Amor ao Santos, futuro, Copa e Neymar: Lucas Lima responde tudo

Em entrevista ao LANCE!, camisa 10 do Peixe diz tudo o que pensa dos assuntos mais comentados pela torcida a seu respeito. De cobrança a juras de amor

Lucas Lima não tem nenhum percentual de seus direitos hoje
(Foto: Ivan Storti/ Santos FC)

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Passe uma semana acompanhando Lucas Lima nas redes sociais. Poderá achar que é louco, feliz, misterioso, extrovertido, solitário, bem acompanhado, dedicado, com vida agitada, bem ou mal vestido ou tudo isso junto. Converse com Lucas Lima por 20 minutos para entender muito sobre o que o meia pensa a respeito de tudo isso e mais um pouco.

Em entrevista ao L!, o camisa 10 do Santos respondeu tudo o que a torcida quer saber mas não perguntou (ou não foi respondida no Twitter).

Se você tem pressa para saber onde Lucas Lima vai jogar em 2018, saiba que nem o próprio tem a mesma ansiedade, já que a prioridade está em outra parte do ano que vem. Mais precisamente de junho a julho, quando acontece a Copa do Mundo, na Rússia.

A mesma calma o camisa 10 tem para dizer o motivo de ainda não ter renovado com o Peixe. E não, não é só dinheiro.

- Não defini meu futuro e não tenho pressa. Estou em paz com isso. Tenho contrato até o fim do ano, não vou sair no meio do ano. Estou conversando sobre a renovação. O Santos não teve pressa para renovar então não tem porque eu ter pressa agora. Tenho bom diálogo com o Santos. Então estou focado em campo. Eu preciso do Santos e o Santos de mim. Quanto mais me focar, melhor para os dois. Na hora certa todos saberão meu futuro. Vou jogar limpo com o Santos e torcida - explica, lembrando que está na Vila Belmiro desde 2014.

Com contrato válido até o fim desta temporada, o Santos sabe que dificilmente terá seu principal armador no ano que vem, mas sabe também que seria difícil - ou quase impossível - estender o vínculo antes. O maior obstáculo é o fundo de investimentos Doyen Sports, que emprestou dinheiro ao clube no fim de 2013, na gestão de Odílio Rodrigues, e entrou em litígio com o Peixe em 2015, na gestão de Modesto Roma Júnior. O fundo com sede em Malta tem 80% dos direitos do atleta, enquanto Alvinegro e a empresa Khodor Soccer, 10% cada.

O que realmente tem ocupado a cabeça de um dos principais meias brasileiros é a chance de ganhar a Libertadores, a primeira que disputa na carreira, e a oportunidade de jogar a Copa do Mundo. Para que as duas coisas aconteçam, o Peixe terá que ir longe na competição mais disputada da América e ter o protagonismo de seu camisa 10.

- O projeto passa por um ano vitorioso no Santos. Tem que trabalhar para jogar em alto nível, ser destaque em Libertadores e Brasileiro, estar em evidência. Tem que estar na ponta da Libertadores e do Brasileiro. Esse nível que é o principal. Tem que se cuidar mais, trabalhar mais. A equipe hoje me possibilita isso. Quanto mais perto da Copa do Mundo, mais tem que estar focado. A Seleção é repleta de jogadores excepcionais - acrescenta.

Confira a entrevista exclusiva com Lucas Lima:

Muitos falam sobre você jogar na Europa. O que significa para a sua carreira estar no Brasil atualmente, com 27 anos?

No Santos eu já estou em casa. É mais fácil continuar aqui, me conhecem e sabem o que apresento. Estar aqui me dá segurança. Creio que hoje o professor Tite tem olhos para todos os centros. Tem jogador da Rússia, China, Europa e Brasil na Seleção. Creio que isso está aberto. Vai de você mostrar futebol. Pode ser pouco tempo mostrar futebol depois de me transferir. Vou procurar pensar em tudo isso (para decidir o futuro).

O que pesa quando você avalia seu futuro e a possibilidade de mudar de time?
O projeto de carreira é o principal, novos desafios, a cidade, o dinheiro, minha família estando bem. Pegam no meu pé por isso, mas eu cumpro meu contrato. Quantos jogadores cumprem o contrato até o final?

Te irrita críticas que te acusam de estar com a cabeça na Europa ou em outro lugar?
Impossível estar com a cabeça em outro lugar. Eu estaria prejudicando a mim e o Santos. No passado já me envolvi muito nisso (negociação). Agora estou focado na Libertadores. Nosso time acredita que pode ir longe. Estamos invictos há 12 jogos. Nosso caminho é difícil, mas com apoio, temos muita chance de chegar.

Você diz que o Tite dá chance a quem está na China também e recebeu uma proposta tentadora (de R$ 5 milhões mensais)de lá. Por que não aceitar?
Às vezes penso e chego à conclusão de que sou maluco. Mas não me arrependo porque sou feliz no Santos. Poderia não estar realizado lá. Tudo é um risco e resolvi permanecer pelo momento que estava no Santos.

Sua chegada ao Santos foi em 2014. Hoje, é o camisa 10 do time e é constantemente convocado para a Seleção Brasileira, mas pouco se fala da sua relação com o clube. Quanto o Santos significa para você?

Estou aqui há muito tempo. Gosto da cidade, amo Santos, amo o clube, o ambiente do clube, que é de alegria. Por mais que tenha problemas, uma fase que pode não ser boa, mas o ambiente é agradável e isso motiva o jogador. É muito bom jogar no Santos, é alegre. Alguns ídolos brigam e o torcedor fica chateado, o que é normal. Mas o Santos é a minha casa e amo jogar aqui.

Se preocupa ou tem a ambição de ser ídolo?
Espero ganhar um título grande e ai sim posso achar que sou ídolo. Ídolos têm histórias grandes, são campeões brasileiros e de Libertadores. Espero ser campeão e estamos perto disso. Brigamos por isso e lutamos até o fim para fazer história.

Quanto a Libertadores pesou para você ter ficado no Santos em 2017?
Total peso. Eu nunca tinha disputado uma Libertadores. Quando conseguimos o vice-campeonato do Brasileirão fiquei feliz por isso. E pelo ano que fizemos também, nosso time produziu bem e jogou bonito. Isso me deu esperança de estar em um time mais forte ainda e poder ganhar os campeonatos.

Se vê como um dos líderes do time ou pelo menos com mais capacidade de liderança?
Sim, pelos anos que estou aqui. Meu estilo de jogo pode ter uma liderança, principalmente no ataque. Cada um tem seu tipo de liderar dentro do campo. E Libertadores tem um espírito diferente. Estamos dando conta do recado, infelizmente não foi como queríamos na Copa do Brasil, mas vamos brigar até o final na Libertadores e Brasileiro.

Sua amizade com o Neymar é bastante noticiada e comentada. De alguma maneira te incomoda ser o amigo que ele pode levar para algum time ou que isso tire algum mérito seu?
Ele ainda não me levou para lugar nenhum (risos). Não me incomoda, não. Sei do meu potencial, do quanto trabalhei e trabalho. Nada foi fácil. É mais um amigo fora de campo do que dentro. Fomos pouco juntos para a Seleção até. É uma amizade natural, que cresce a cada ano. Começou na Seleção e hoje é uma coisa natural de lidar. Hoje jantamos juntos, saímos, é um cara excepcional. Não falamos muito de futebol, na verdade. Falamos de tudo, do que está acontecendo. Jogamos um CS (Counter-Strike, jogo online que simula tiros) juntos. Temos muitos amigos em comum também, o que facilita. Tento aprender um pouco de pôquer, é uma amizade normal.

Recentemente você deu uma entrevista ríspida e tem o nome veiculado em diversas notícias. O que te irrita no noticiário?

Fiquei bravo com uma matéria só, de que eu afirmei uma coisa (que iria para o Barcelona). Eu jamais diria algo parecido em uma roda de pôquer, com muita gente ao redor. Não daria essa brecha. Foi alguém que ouviu alguma conversa de alguém me perguntando se eu ia ou não. Todo mundo me perguntava se eu iria para o Barcelona. Acha que eu diria isso em uma roda de pôquer? Nem falaram quem fez a reportagem e nem a pessoa tem como provar. Nisso fiquei bravo porque a torcida acaba acreditando. Sou livre para chegar e perguntar. Ninguém chegou para perguntar a real. Perguntaram em jogo quando a torcida já estava me xingando. Perguntaram quando a m... estava feita. Eu falaria numa boa.

E qual a real?
Não defini meu futuro e não tenho pressa. Estou em paz com isso. Tenho contrato até o fim do ano, não vou sair no meio do ano. Estou conversando sobre a renovação. O Santos não teve pressa para renovar então não tem porque eu ter pressa agora. Tenho bom diálogo com o Santos. Então estou focado em campo. Eu preciso do Santos e o Santos de mim. Quanto mais me focar, melhor para os dois. Na hora certa todos saberão meu futuro. Vou jogar limpo com o Santos e torcida.

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