Análise: Entrada de Marinho contra o São Paulo evidencia a importância do atacante para o Santos
Além do gol do empate no San-São, marcado em cobrança de falta, inclusão do camisa 11 na seguda metade da etapa final organizou o ataque santista
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Sem Marinho, desgastado fisicamente, nos minutos iniciais, o Santos sofreu no empate em 2 a 2 contra o São Paulo, neste sábado (12), pela décima rodada do Campeonato Brasileiro, na Vila Belmiro.
O atacante, artilheiro santista na temporada, com dez gols, entrou no último quarto da partida, aos 20 minutos da segunda etapa, e não foi apenas importante por ter balançado as redes, como também deu um dinamismo diferente de um Santos que variou taticamente o jogo inteiro, buscando se encontrar.
Contra o Tricolor, Cuca iniciou o Santos com a sua dupla de zaga, Lucas Veríssimo e Luan Peres, em suas posições de origem, sem improvisações. E embora a ausência de Felipe Jonatan, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, colocasse uma lacuna pelo setor, não foi a mais provável, com a inclusão de Luan na posição, colocada em prática, nem mesmo quando se compreendia que Alison poderia ser o quarto zagueiro santista, não foi o que ocorreu. O volante Diego Pituca fez a função e Cuca buscou escalar os três atletas que desfalcaram o clube na vitória por 3 a 1 contra o Atlético-MG, na última quarta-feira (09), também na Vila, em suas posições de origem, com Alison atuando como primeiro volante, Carlos Sánchez como segundo meio-campista e Arthur Gomes iniciando a sua terceira partida consecutiva pelo setor. No ataque, a estreia de Marcos Leonardo atuando por dentro, fez com que Lucas Braga e Soteldo fossem dois pontas fixos.
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Contudo, a superioridade do São Paulo na etapa inicial, com transições rápidas e perigosas, inclusive marcando os seus dois gols nos primeiros 45 minutos, serviu de alerta que algo precisava ser mudado na equipe da Vila Belmiro na segunda metade do jogo. A entrada de Wagner Leonardo pela esquerda da defesa deu opção para uma saída de bola com três jogadores, como também a liberdade a faixa central, principalmente pela entrada do meia Lucas Lourenço, fazendo a sua estreia desde que foi oficialmente entregue ao clube de cima do Peixe.
De toda forma, o Santos só encontrou um padrão contra o seu rival, com a entrada de Marinho, aos 20 minutos do segundo tempo, para atuar pelo menos 25 minutos de jogo. Pouco antes, do meio para o ataque santista estava desorganizando, sem uma noção específica de quem era quem, já que o Alvinegro Praiano estava sem referência ofensiva, cabendo algumas vezes Sánchez infiltrar como “falso nove”.
Quando o camisa 11 entrou, o Peixe se organizou com três linhas de três, o 3-3-3-1, com Lucas Veríssimo, Luan Peres e Wagner Leonardo formando o primeiro traço, mais a frente uma segunda linha com Madson pela direita, Alison no centro e Pituca pelo setor canhoto e, por fim, uma faixa com Lucas Braga aberto pela direita, Soteldo pela esquerda e Lourenço centralizado. Tudo isso com Marinho enfiado como centroavante e se tornando a referência que faltava.
Por fim, os pouco mais de 20 minutos do artilheiro santista na temporada jogando, embora não tenha sido crucial para os três pontos do Santos contra o São Paulo, foi importante para escancarar que o Santos sem Marinho demora para se ajustar durante uma própria partida. Assim, Cuca trabalha alternativas para estancar a sangria da carga excessiva de jogos.
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